Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O valor de marcas como a Uniqlo e a Primark, que preconizam a chamada fast fashion, caiu em 2022, enquanto as marcas do mundo do desporto, nomeadamente a Nike, e do universo do luxo, com destaque para a Louis Vuitton, foram mais bem sucedidas.

[©Nike]

O estudo Brand Finance Apparel 50 de 2022 revela que a Nike e alguns dos seus principais concorrentes vão continuar a beneficiar da tendência de vestuário casual e sportswear que começou durante a pandemia de covid, num cenário onde o luxo também está a ganhar, ao contrário do que sucede com as promotoras da fast fashion.

O relatório, elaborado pela consultora Brand Finance, indica que, entre as 50 maiores marcas da indústria de vestuário, o valor agregado das associadas ao luxo aumentou 21% (para 125 mil milhões de dólares), enquanto o das marcas de vestuário de desporto registou uma subida de 10%, para 68 mil milhões de dólares. Já as marcas de fast fashion perderam 7% do seu valor, para 41 mil milhões de dólares.

Ao longo da pandemia, as marcas de vestuário desportivo e de lazer evidenciaram um crescimento constante no valor da marca, uma vez que os consumidores passaram mais tempo em casa e, como tal, tomaram decisões de vestuário tendo em conta o conforto e não o estilo.

Como resultado do aumento da procura do consumidor por vestuário desportivo, as marcas do sector conseguiram um aumento significativo no valor da marca. A Nike (com 33,2 mil


[©Adidas]

milhões de dólares), a Adidas (com 14,6 mil milhões de dólares), a Puma (com 4,5 mil milhões de dólares, equivalente a mais 13%) e a Lululemon (com 4,2 mil milhões de dólares, graças a um crescimento de 28%) lideram. Marcas mais pequenas, como a Skechers (+68%, para 3,2 mil milhões de dólares) e a Li Ning (+68%, para 2 mil milhões de dólares), estão entre as que mais cresceram no ranking.

Luxo mais forte

Já as marcas de fast fashion enfrentaram anos difíceis, com o seu valor de marca, na generalidade, a manter-se ou a cair. A Zara registou uma perda de 1% no valor de marca, para 13 mil milhões de dólares, a H&M conseguiu um aumento de 3%, para 12,7 mil milhões de dólares, a Uniqlo caiu 26%, para 9,6 mil milhões de dólares, e a Primark registou uma queda de 10%, para 2,2 mil milhões de dólares.


[©Uniqlo]

Com a procura do consumidor pelas compras online durante a pandemia, as marcas da fast fashion foram penalizadas por «dependerem de lojas físicas para elevados volumes de vendas». Além disso, «a dificuldade em vender produtos de baixas margens online é ainda mais exacerbada pelos custos logísticos e de entrega adicionais», aponta o estudo, o que, no conjunto, «levou a uma queda no valor das marcas da fast fashion».

Na área do luxo, nove das 10 maiores marcas estão de volta ao crescimento, com o sector a recuperar depois de uma significativa perda de valor nos últimos dois anos, acompanhando o aumento da confiança e do rendimento discricionário dos consumidores.

A Louis Vuitton (+58%, para 23,4 mil milhões de dólares), a Gucci (+16%, para 18,1 mil milhões de dólares) e a Armani (+9%, para 3,3 mil milhões de dólares) cresceram em termos de valor de marca. Além disso, entre as marcas que entraram este ano no ranking das 50 com mais valor, o luxo domina, com destaque para a Boss (+54%, para 1,7 mil milhões de dólares), Bottega Veneta (+25%, para 1,7 mil milhões de dólares) e para a marca de joalharia Van Cleef & Arpels (+37%, para 1,7 mil milhões de dólares).


[©Louis Vuitton]

«Desde o início da pandemia, a dinâmica do mercado na indústria de vestuário mudou monumentalmente. Com a conveniência no centro da estratégia de marketing, as marcas de luxo e de desporto dominaram as entregas online. O foco em campanhas de marketing baseadas nas redes sociais permitiu que estas marcas continuassem a ser bem-sucedidas durante a pandemia e os problemas relacionados com a cadeia de aprovisionamento», descreve Richard Haigh, diretor-geral da Brand Finance.

O top 10 das marcas de vestuário para 2022 é ocupado pela Nike (que se manteve no primeiro lugar), Louis Vuitton (subiu três posições), Gucci (desceu dois lugares), Chanel (subiu cinco posições), Adidas (desceu 4 posições), Hermès (subiu 10 lugares), Zara (menos seis posições), H&M (manteve o oitavo lugar), Cartier (manteve o nono lugar) e a Uniqlo (desceu sete posições).

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