Marcas de Cueca Adotam Futebol Como Mina de Ouro, e Neymar Ganha Linha Própria

[Textile Industry]

Só de cueca, Neymar posa para nova sessão de fotos para a Lupo

Poucos símbolos representam tão bem o universo masculino como futebol e cueca. As principais marcas de roupas íntimas brasileiras descobriram a ‘combinação perfeita’ e estão investindo pesado na mina de ouro que é o esporte mais popular do mundo. Agora, colhem os frutos com as vendas altas, e até Neymar terá uma linha exclusiva de cuecas.

O craque do Santos é patrocinado pela Lupo desde o ano passado. A empresa atingiu um aumento de 20% das vendas, comparando o primeiro bimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. Na tarde da última quarta-feira, um novo acordo foi firmado até dezembro de 2014.

Agora, a estratégia será mais ousada. A principal estrela do futebol brasileiro terá sua própria linha de cuecas, a Lupo by Neymar. O estafe da estrela terá de aprovar o desenvolvimento dos modelos, que seguirão o gosto do ídolo.

Os modelos serão todos no formato boxer ou samba-canção e não haverá o modelo slip, o tradicional com as laterais mais estreitas. A ideia é explorar diferentes cores e investir na elaboração dos elásticos, para que possam ser usados com bermudas e calças baixas.

“A gente quer algo bem jovial, irreverente, colorido, que atraia mesmo a garotada. O Neymar gosta muito das bermudas e calças baixas com o elástico aparecendo. Queremos adotar uma linha neste estilo”, disse o diretor comercial da Lupo, Valquirio Cabral Junior, que considera o atleta um ícone do esporte nacional e não apenas de um time.

A Lupo entrou no esporte com o investimento do time de vôlei Lupo/Náutico. Hoje, são 32 times de futebol e algumas ações específicas, como o patrocínio do Corinthians no jogo em que Ronaldo Fenômeno fez o primeiro gol com a camisa alvinegra, no empate por 1 a 1 contra o Palmeiras, em Presidente Prudente, no Paulistão de 2009.

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  Marca Mash lança cuecas personalizadas com escudos dos times. Existem produtos licenciados de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos nos modelos slip e boxer

Mas agora a empresa começa a enfrentar concorrência. A Mash viu o mercado promissor e começou a investir no esporte no ano passado. A marca fechou acordo com o Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos para fabricar cuecas personalizadas com os escudos dos times.

Em sua visão, o resultado foi bastante satisfatório e os produtos licenciados já representam 8% da venda total de cuecas da marca. Agora, a ideia é expandir o mercado e já existem conversas para fechar um acordo com os times do Rio de Janeiro, especialmente Vasco e Flamengo.

O diretor comercial da Mash, Jonas Waisberg, explica o sucesso do negócio. “A gente começou a atender um seguimento de lojistas que não comercializariam a marca porque não tem apelo junto ao futebol. E o brasileiro é fanático por futebol. Há uma demanda desse tipo de produto não só pelo torcedor, mas dos amigos, parentes e namoradas que querem dar presente”, disse.

ESPORTISTAS ESTRELAM COMERCIAIS DE CUECA NO EXTERIOR

Se no Brasil, a parceria ainda está engatinhando, no exterior é comum ver esportistas protagonizarem comerciais de marcas de cueca. David Beckham foi a estrela da campanha da Armani em 2008, e foi substituído à altura pelo português Cristiano Ronaldo. Até o argentino Lionel Messi teve seu espaço no mercado das roupas íntimas em uma campanha para a Lody. Na temporada 2010/2011, os italianos Antonio Di Natale, Vincenzo Iaquinta, Claudio Marchisio, Federico Marchetti e Domenico Criscito também apareceram com pouca roupa em ação para a Dolce Gabbana antes do Campeonato Italiano.

DISPUTA PELO MERCADO GERA RIXA

O crescimento do investimento no futebol já gerou uma rixa entre as empresas. Enquanto a Lupo patrocina o craque Neymar, a Mash fabrica as cuecas personalizadas do Santos. "Eles têm um jogador, e a gente tem o time inteiro", brinca o diretor comercial da Mash, Jonas Waisberg.

Já a Lupo esconde o jogo de sua estratégia para não dar arma para o rival. Mas corneta o concorrente e garante que não investiria em produtos específicos de times. "A gente acha que restringe. Queremos algo com abrangência mais nacional", afirmou o diretor comercial Valquirio Cabral Junior.

Fonte:|http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/03/12/marca...