Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Estudo mostra que 41% das empresas faturam até R$ 36 mil
Empresas que movimentam até R$ 36 mil por ano respondem por 41% do faturamento anual de marcas e confecções cariocas. As que faturam até R$ 240 mil representam 35%, R$ 2,4 milhões, 20%, e apenas 4% delas superam esse patamar. Ao todo, o setor, considerado criativo e referência da moda brasileira, movimenta R$ 892 milhões por ano, mas enfrenta muitos problemas, que vão da escassez de mão de obra qualificada à falta de matéria-prima, disputa com produtos chineses e pouco incentivo para exportação.

Os números fazem parte da pesquisa "Territórios da Moda – a Indústria da Moda na Cidade do Rio de Janeiro", mapeamento inédito apresentado nesta terça-feira (16), no auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Flamengo, zona sul da cidade.

Os dados foram coletados e analisados pelo Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito, a pedido da prefeitura, por meio do Instituto Pereira Passos (IPP), em parceria com o Sebrae no Rio de Janeiro. Participaram da pesquisa 201 empresas de vestuário, 151 estabelecimentos que respondem pelo fechamento e acabamento dos produtos, 255 costureiras, além de estilistas, acadêmicos e representantes do setor público. A estimativa é que mais de 4 mil empresas, entre formais e informais, façam parte deste universo na cidade do Rio. As informações servirão de base para formulação de políticas especificas.

Informalidade

A pesquisa revelou que mais de 48% das pessoas trabalham na informalidade. Para as empresas, a terceirização é considerada inevitável para o crescimento porque só dessa forma é possível fabricar em larga escala, sem arcar com a criação de novos postos de trabalho. Escapar dos altos encargos tributários foi outra razão apontada para a adoção desta prática. Impostos mais baixos é a segunda reivindicação dos empresários. A principal diz respeito à qualificação da mão de obra. Em contrapartida, os profissionais que prestam serviço defendem maiores salários, direitos trabalhistas, formalização e capacitação.

"Qualificar toda a cadeia produtiva é o principal fundamento para elevar o padrão dos serviços prestados. As empresas também precisam investir em um gestor de moda, profissional capacitado tanto para lidar com os fornecedores, como identificar com mais facilidade o potencial e o os pontos críticos da cadeia produtiva", defende o gerente da área de Desenvolvimento Industrial do Sebrae no Rio de Janeiro, Renato Regazzi.

A moda carioca é vista como reflexo de um estilo de vida espontâneo, criativo e leve. Com o crescimento da classe C, aumentou a demanda por peças mais sofisticadas e bem acabadas, o que acabou provocando um crescimento expressivo de confecções na zona oeste, que também são as maiores exportadoras para o Norte e Nordeste do Brasil.

"O estudo abre caminho para uma maior parceria entre o setor público e a sociedade civil que pode alavancar anda mais a riqueza da cidade, contribuindo para a redução da desigualdade", salientou o presidente do IPP, Ricardo Henriques.

Fonte:|http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negoci...

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