Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fotos: Divulgação e Vanessa BaroneFoto de catálogo da marca de sapatos Verba

Em sua 86ª edição, a Pitti Immagine Uomo também pode ser considerada um patrimônio da moda italiana. Nesta temporada, a feira recebeu 30 mil visitantes durante os seus quatro dias de duração. Somente o número de compradores - já que se trata de um evento para fabricantes e varejistas - cresceu 5%, chegando a 19 mil pessoas (sendo quase 8.000 de fora da Itália). "A Pitti traz um panorama da moda e da elegância para os homens", diz Raffaello Napoleone, CEO da Pitti Immagine. "Isso incrementa o conceito 'made in Italy' e promove os designers e as marcas mais jovens e criativas do país."

É o caso da jovem marca de sapatos Verba, com poucos meses de vida e muita disposição para tirar o mundo dos calçados da mesmice (mesmo que, na Itália isso não seja tão necessário). Entre as ousadias da marca estão "sleepers" recobertos de plástico bolha. "Vamos em busca da tendência do momento", diz Federico Verdiani, designer da marca, que também tem modelos feitos de couro colorido, tecido e até de trama de papel. E no lugar de solado tradicional, de couro, a marca usa o "microlite" - material plástico leve e resistente. Os originais calçados da Verba já são vendidos em cem lojas multimarcas na Itália e começam a ser exportados para Tóquio, China, França e Alemanha.

Fotos: Divulgação e Vanessa BaroneO visual dos visitantes da Pitti Uomo

Grifes jovens e criativas têm não apenas lugar garantido na feira, como eventos especiais para ajudar a divulgá-las - caso do "Pitti Italics" e do concurso "Who's on Next? Uomo". Em sua sexta edição, o "Who's" é uma competição para descobrir os novos nomes da moda italiana, no segmento masculino. Os eleitos da temporada são o estilista Tom Lipop e o designer de acessórios Alberto Premi.

Paralelo à feira de negócios, o "Pitti Italics" é um projeto para promover e dar suporte à nova geração de designers internacionais que produzam na Itália. Nesta temporada, o evento destacou os trabalhos do argentino Marcelo Burlon e da marca Au Jour Le Jour, dos designers Mirko Fontana e Diego Marquez.

Para o empresário Stefano Ricci, é preciso defender a produção local, valorizando o trabalho artesanal, para que ele não desapareça. "Milão e Florença precisam deixar de lado os conflitos sobre qual das duas é a capital da moda italiana e trabalhar em conjunto", diz Ricci.

Fotos: Divulgação e Vanessa BaroneEstilo eclético para o verão e moda trazida também para o dia a dia

"Assim, preserva-se o ofício dos artesãos e conseguimos dar força à produção 'made in Italy' na essência, como ela deve ser", afirma o empresários. De acordo com Ricci, algumas marcas tradicionais do país estão transferindo a produção para a China, o que, no médio prazo, pode macular a imagem do "hand made" italiano - tão valorizado no mundo todo.

E imagem arranhada é a última coisa que se quer no momento. Segundo o Sistema Moda Italia (SMI), o seguimento masculino fechou o ano de 2013 com um faturamento de € 8,5 bilhões, valor 0,6% mais baixo do que o registrado em 2012. Entre os principais fatores de queda nas vendas está a baixa no consumo interno, que diminuiu 9,3%. As exportações, no entanto, cresceram 4,3%, atingindo o patamar dos € 5,2 bilhões


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