Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Ainda neste terceiro trimestre, a varejista implanta a opção do consumidor de comprar online e retirar o produto na unidade física

Apesar do baixo desempenho das vendas e de continuar a operar com prejuízo, a Marisa Lojas anunciou a investidores e analistas de mercado que até final de setembro implanta um projeto-piloto com dez lojas pelo qual o consumidor compra online e retira o produto em uma dessas unidades físicas. Segundo disse nessa conferência Marcelo Araújo, presidente da varejista, o plano é estender essa modalidade de compra para toda a rede ao longo de 2019, embora no relatório que acompanha o balanço financeiro do segundo trimestre, a empresa não tenha informado o número de lojas em operação. Até o final de junho, eram 387 pontos de venda.

Esse projeto de omnicanalidade de atendimento compõe uma série de inciativas para alavancar vendas, que correm em paralelo ao Programa Transformar, mais amplo e complexo. Integram essas ações a inclusão de novas categorias de produtos no portfólio da varejista, como os celulares que começaram por dez lojas e somarão 50 unidades vendendo os aparelhos até o final do ano; e os cosméticos lançados no período do Dia das Mães, também em dez lojas, e que serão estendidos para mais 20 até o final de 2018, informou Araújo. Além do lançamento da marca Marisa Íntima, no lugar de Marisa Lingerie.

OPERANDO COM PREJUÍZO

Segundo o informe financeiro, as vendas pelo ecommerce cresceram 30% no segundo trimestre, sem anotar o valor dessa contribuição, muito em função da recomposição no mix de sortimentos oferecido na loja online. A receita líquida da Marisa registrou R$ 689,81 milhões, que correspondem à queda de 3,1% sobre igual trimestre de 2017. O faturamento semestral foi de R$ 1,27 bilhão, 3,7% a menos que no primeiro semestre do ano passado.

Pelo quinto trimestre seguido, a Marisa amargou prejuízo líquido. A perda no segundo trimestre de 2018 aumentou 51% sobre o segundo trimestre de 2017, atingindo R$ 37 milhões. Com isso, o prejuízo líquido do semestre ficou ainda pior, com rombo de R$ 78 milhões, frente ao resultado negativo de R$ 9,63 milhões acumulado nos primeiros seis meses do ano passado.

Aos fatores que afetaram todo o varejo de roupas, como falta de frio, greve dos caminhoneiros, queda no fluxo de consumidores no comércio nos dias de jogos da Copa do Mundo e incerteza sobre os caminhos da economia, as reformas do grupo de lojas do Transformar também causaram impactos negativos porque têm que ser fechadas para serem adequadas ao novo modelo.

EXPECTATIVA PARA O SEMESTRE

De acordo com Araújo, a Marisa trabalha com otimismo cauteloso no segundo semestre. Mas guarda “grande expectativa” em torno da aceitação da coleção de primavera/verão, que está desembarcando nas lojas esta semana, porque é a primeira inteiramente desenvolvida pela nova equipe de estilo, que chegou à companhia no início do ano, sendo liderada pelo gerente de compras Marco Muraro, contratado no final do ano passado para responder pelas áreas de estilo, planejamento, abastecimento e gestão com fornecedores.

Dentro do Programa Transformar a intenção é ampliar o número de lojas com o novo modelo: até o final do ano serão mais 20 Top, chegando a 39 unidades; e mais 15 Pop, para atingir 30 pontos no total, disse o presidente da Marisa em conferência com analistas de mercado. “Estamos confiantes de que esse é o caminho para o futuro”, afirmou.

http://observamoda.org/sem-categoria/marisa-vai-testar-omnichannel-...

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