O novo pacote de medidas de incentivo ao consumo anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve reforçar o interesse dos investidores por ações ligadas à economia doméstica. Papéis com esse perfil já vinham figurando entre as recomendações dos analistas, de olho na preocupação do governo em sustentar o crescimento da economia.
Empresas de bebidas, alimentos, supermercados, vestuário e shopping centers chamaram a atenção nos últimos minutos do pregão de ontem, quando o mercado já especulava sobre quais medidas estariam no pronunciamento do ministro.
"Ações de consumo, de forma geral, continuam sendo uma boa recomendação. O governo tem adotado diversas medidas de estímulo para manter a demanda interna em alta", afirma a analista de varejo da Ativa Corretora Júlia Monteiro.
A especialista lembra que, além da prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca de eletrodomésticos, anunciada no pacote de ontem, o mercado já dá como certo o anúncio de incentivos para o setor têxtil. " Marisa, Guararapes, Hering e Renner devem ser favorecidas", avalia.
A manutenção do IPI reduzido é positiva para Pão de Açúcar e Lojas Americanas, pois ambas possuem boa exposição à venda de bens duráveis. "Pão de Açúcar também se beneficia do maior consumo de alimentos e a Americanas, da demanda sazonal por ovos de Páscoa", observa Júlia.
A expectativa em torno do pronunciamento de Mantega, juntamente com o cenário externo positivo, ajudaram o Ibovespa a acelerar os ganhos na última hora de pregão e encerrar em alta de 1,32%, aos 66.684 pontos, recuperando parte do tombo de 2,8% da semana passada, a pior do ano. O volume financeiro alcançou R$ 5,180 bilhões. Entre as maiores altas brilharam Marfrig ON (5,25%), Cia Hering ON (5,06%), Ambev PN (3,66%) e Pão de Açúcar PN subiu 2,45%.
Petrobras PN (2,15%) e ON (2,29%) subiram embaladas por declarações da presidente da estatal, Maria das Graças Foster. Em entrevista à "Folha de S.Paulo", ela não confirmou uma data para o reajuste dos combustíveis, mas disse que o aumento será "inexorável" se o petróleo se mantiver em US$ 120,00 o barril.
OGX ON (-2,40%), empresa de petróleo do grupo de Eike Batista, ficou entre as maiores baixas pelo segundo pregão seguido, ainda sob efeito do fraco balanço divulgado semana passada, enquanto os papéis da MMX (5,02%), braço de mineração do grupo, registraram forte ganho. O grupo EBX anunciou ontem a venda de uma participação de 5,63% na Centennial Asset Brazil Equity Fund e em outras holdings offshore do grupo para a Mubadala, empresa de desenvolvimento e investimento estratégico de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O negócio foi fechado por US$ 2 bilhões.
O destaque negativo da segunda-feira foi Gol PN (-3,75%). A ação reagiu à abertura de um programa de demissões para tripulantes. Na sexta-feira, a Gol havia dado informação diferente, de que iria prorrogar um programa de licença não remunerada para pilotos e comissários. Além disso, o mercado especulou sobre o balanço do quarto trimestre, que seria divulgado após o fechamento da bolsa.
Fonte:|http://www.valor.com.br/financas/2588232/medidas-favorecem-acoes-de...
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