Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O setor de moda íntima (calcinhas, sutiãs, meias e pijamas) deve faturar R$ 7,4 bilhões este ano no Brasil - um crescimento entre 17% e 19% sobre 2011, segundo levantamento da New Stage, empresa que organiza o Salão Moda Brasil. O desempenho ocorrerá após um crescimento do mesmo patamar no ano passado, quando a produção de peças ficou em 1,2 bilhão.

A migração de fabricantes para o varejo e o fortalecimento de marcas masculinas são os principais vetores que impulsionam o setor hoje, diz Ana Flôres, diretora do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (SindTêxtil SP).

Segundo ela, o mercado masculino avançou 23% no ano passado no Brasil. Para este ano, há quem projete um desempenho ainda melhor. A Calvin Klein calcula encerrar 2012 com crescimento de 30% só no segmento de moda íntima no país, diz o diretor comercial da marca, Fábio Vasconcelos.

De meados dos anos 2000 para cá, houve uma mudança no comportamento do homem, catalisada pela maior inserção das mulheres no mercado de trabalho. "A mulher agora não tem tempo para ir comprar as cuecas do marido ou do filho", diz Ana Flôres. Vasconcelos, da Calvin Klein, acrescenta que o homem de hoje se preocupa, tanto quanto a mulher, com o que veste por baixo da roupa.

Focada no público A e B, a Calvin Klein abriu sua primeira loja exclusiva de "underwear" masculina no Brasil em 2005. Em 2009, passou a franquear o formato de loja, com 50 m2 quadrados. Hoje, a Calvin Klein tem sete unidades desse tipo no país, sendo três franquias e o quatro próprias.

Cerca de 40% do faturamento da área de moda íntima da Calvin Klein no Brasil hoje vem da operação de varejo. Os outros 60% vêm do canal atacadista. A coleção também é vendida nas suas 80 "lojas combo", que oferecem ainda a linha de jeans da grife.

A expectativa da Mash, também de moda íntima masculina, é aumentar em 25% o seu faturamento este ano, afirma Fabiana de Paula, diretora de marketing. "Nos últimos dois anos, crescemos 85%", afirma. Desde 2005, a companhia trabalha com licenciamento de produtos e a mais recente parceria foi fechada com a Marvel.

A Mash vende para grandes varejistas, mas estuda, no médio prazo, abrir franquias. Por enquanto, tem apenas uma loja-conceito no Shopping Higienópolis, e uma unidade franqueada no Shopping Morumbi.

A empresa pertence a uma divisão da família Hara, dona da Hope, que começou sua expansão via abertura de franquias em 2007. Hoje, a Hope tem 90 lojas e pretende chegar a 130 até o fim do ano, quando o seu canal varejista próprio deve alcançar 35% do faturamento.

O caminho da Hope começa a ser trilhado pela Darlin. O projeto de franquia da marca feminina, focada no público A e B, começou a ser pensado em 2007. "O desafio era criar um mix de peças suficiente para justificar uma loja monomarca", explica Davis Castro, diretor comercial.

A primeira loja Darlin foi aberta em 2009 e hoje a marca tem duas franquias em funcionamento, mais duas em construção e sete em fase de análise, diz Castro. Ele calcula que o mercado comporte cerca de 70 franquias da Darlin. Quando chegar nesse número, as franquias deverão responder por metade das vendas da marca.

A Darlin projeta um crescimento de 25% em 2012, depois de avançar 8% em 2011. "Esse ano, acertamos a mão no produto", afirma Castro.

A fábrica da empresa, no Estado de São Paulo, tem capacidade para produzir 250 mil peças mensais, mas opera com 75% do limite desde que o mercado se abriu para os importados. "Não acreditamos mais em volume, queremos valor agregado", diz Castro.

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