Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Segmento é um dos mercados que mais cresce no país e exige profissionais cada vez mais versáteis e capacitados.

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Os minutos de um desfile de moda num evento representam segundos quando se remete ao trabalho do designer. Por trás de cada peça não está somente a impressão do profissional e tendências, mas também um mercado que cresce cada vez mais no Brasil, oferecendo amplas oportunidades de atuação. O segmento é o segundo maior gerador de empregos no País. De acordo com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções), a área da moda possui mais de 32 mil empresas formais, que admitem cerca de 1,5 milhão de pessoas. 

Acompanhando o crescimento do setor, surgiram diversas opções de qualificação para quem busca capacitação no segmento. Em 2017 o Brasil já possuía mais de 100 cursos e faculdades de moda. As opções de carreira para este profissional também estão cada vez mais amplas. Luci Sifuentes, docente de moda na Unicesumar de Maringá (Noroeste), aponta que a formação em designer de moda permite que o especialista atue na criação, comunicação do produto, gerenciamento e produção de moda, modelagem, entre outras funções. 

"Hoje temos várias faculdades com cursos formadores de graduação. Também temos os cursos técnicos, que são diferentes da graduação e com tempo menor. As possibilidades de capacitação são muito grandes para as pessoas. Até então tínhamos muitos cursos livres. Na década de 1980, por exemplo, as indústrias brasileiras tinham mão de obra familiar e, com a instalação de cursos de moda, ganhamos formação", destaca. 

No mercado de trabalho, busca-se profissionais que têm aflorada a criatividade, inovação e buscam constantes atualizações. "Assim que se forma na graduação precisa estar 'ligado'. A graduação se tornou necessidade, mas é essencial buscar especialização, cursos, simpósios, encontros, estar 'antenado'. O profissional de moda tem que viajar muito, conhecer, ver a tecnologia como aliada para adquirir formação, ler muito", elenca Sifuentes. 

Ela também chama atenção para uma mudança importante no mercado, que leva muito em consideração o local onde a peça é produzida. "É o envolvimento da mão de obra local, com valorização daquilo que é do artesanato. A produção local tem coisas inovadoras. Informações exteriores contam, como semana de moda de Paris, Milão, entretanto as pessoas estão dando valor para o regional", ressalta. Entre os estados com melhores e maiores oportunidades estão o Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. 

Segundo a estilista Samara Danelon, a brasilidade será buscada de forma acentuada na moda dentro do País. "A carência de informação levou o mercado a manter os olhos voltados para a moda europeia, o que ocasionou a desvalorização do profissional e da nossa identidade. Mas este cenário está mudando, pois hoje temos muitos estilistas e marcas que colocam em pauta não só a brasilidade, como também regiões antes pouco abrangidas neste cenário. O desafio é provar que podemos, por meio de muita pesquisa, transformar inspirações em produtos comerciais, com conteúdo e que de fato nos represente", pontua a profissional da marca de moda infantil Alphabeto. 

Colabora para expansão do mercado da moda no Brasil a organização de importantes desfiles, como o São Paulo Fashion Week, que é o considerado o sexto maior evento de moda do mundo. Segundo a ABIT, o setor ainda é o segundo maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas. Além disso, o País é considerado a última cadeia têxtil completa do Ocidente, ainda conta com produção das fibras, plantação de algodão, tecelagens, beneficiadoras, confecções e forte varejo. 

A professora Luci Sifuentes reconhece que muitos ainda veem o mercado de moda como glamorizado, entretanto frisa que a área envolve muito trabalho antes do que é visto pelo público. "Quando se fala de moda ainda tem preconceito de superficialidade, mas não. A moda é uma linguagem universal que comunica uma identidade. O glamour se vê em desfiles, semana de moda. O profissional tem que se preocupar com a criação, pesquisas com meses de antecedência, ter projeto, planejamento, depois criar, estudar público-alvo, entender que marca está atuando, preocupação com a vestibilidade", elenca a docente, que ministra aulas de design, metodologia, produção, história da moda, entre outras.

Pedro Marconi

https://www.folhadelondrina.com.br/empregos-e-concursos/mercado-em-...

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  De acordo com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções), a área da moda possui mais de 32 mil empresas formais, que admitem cerca de 1,5 milhão de pessoas. 

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