Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A produção mundial vai crescer 6,9% na safra que começou em agosto, ajudando a aumentar os estoques fora da China para um valor recorde, estima o Departamento de Agricultura dos EUA. Os agricultores americanos, os principais exportadores, deverão conseguir a maior colheita da última década, e os aumentos de colheita são ainda esperados na Austrália e na Índia.

Os agricultores plantaram mais hectares de algodão depois dos valores dos futuros de algodão terem aumentado 12% no ano passado, quando a maioria de outras colheitas estava em queda. Ao mesmo tempo, não há sinal de que as vendas da China do seu inventário estejam a abrandar. A perspectiva de uma forte oferta significa que os preços estão agora a encaminhar-se para a maior queda mensal desde agosto.

“O lado da oferta deve continuar amplo, e se a produção aumentar, o algodão vai registar mais perdas”, afirmou, à Bloomberg, Lara Magnusen, gestora de portfólio da Altegris Advisors LLC. Do lado da procura, uma recente queda no rating da dívida da China aumentou as preocupações de que a procura mundial não será suficiente para absorver a produção adicional.

Os mercados futuros do algodão desceram 7,7% em maio, para U$ 72,79 centavos de dólar por libra no ICE Futures em Nova Iorque, representando a primeira queda desde dezembro.

Embora o Departamento de Agricultura projete que o mercado vai registar o terceiro déficit consecutivo na época 2017/2018, a pesquisa da Cotlook Ltd antecipa excesso de produção. A empresa inglesa Birkenhead estima que a produção vai superar a procura em 44 mil toneladas.

As temperaturas favoráveis ajudaram a sementeira de primavera nos EUA, sobretudo no Texas, o estado que mais produz algodão. Até 21 de maio, os agricultores americanos tinham semeado 52% da plantação pretendida, um aumento em comparação com 45% um ano antes.

A produção parece também favorável na Índia, o maior produtor mundial. Na Austrália e no Brasil, a crescente mecanização está a ajudar a produção e a permitir que os agricultores concorram com os EUA em termos de qualidade.

A China continua a descartar-se dos inventários para fornecer o mercado interno, baixando as previsões de procura no maior mercado consumidor. No entanto, o país asiático pode ainda surpreender o mercado se decidir aumentar as suas cotas de importação para as fiações que precisam de algodão 
com melhor qualidade, depois de ter registado uma “boa procura” durante os leilões recentes, destacou Jon Devine, economista-chefe na Cotton Inc, numa entrevista à Bloomberg.
 

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