Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O ano de 2014 não foi dos melhores para a indústria têxtil e de confecção brasileira. O setor teve redução de 4,8% no faturamento, que chegou na casa dos US$ 55,4 bilhões no período, segundo dados da Abit. Ainda de acordo com a Entidade, 2015 também será um terreno árido: a estimativa é de que a produção têxtil terá queda de 0,1% enquanto a confecção 0,5% e o varejo de vestuário, 0,24%. A alta do dólar e da inflação são outros fatores complicadores. Entretanto, o cenário não é obstáculo para as empresas que, mesmo com o panorama de incertezas, continuam a investir e a acreditar que é um momento importante para captar as necessidades do mercado e crescer. Algumas delas participaram da 16ª edição do Minas Trend Preview, que aconteceu entre os dias 7 e 10 de abril, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). O evento, que é promovido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), contou com o apoio da Abit que convidou compradores e jornalistas internacionais para prestigiar as coleções do Verão 2016 por meio do Texbrasil – Programa da Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira.

Evento traz novidades para Verão 2016 - Foto: Agência Fotosite

Há 21 anos no mercado e participante do salão de negócios mineiro há muitas edições, a Skazi de Belo Horizonte está presente em 500 multimarcas Brasil afora vestindo mulheres da classe A e B. Vander Martins, diretor da marca, acredita que o cenário atual do País é oportuno para apostas e não mostrar arrefecimento. “Com a alta do dólar, muitas pessoas deixam de viajar e comprar no exterior. Nada mais é do que uma oportunidade para preenchermos o mercado interno com nossos produtos de valor agregado”, disse.  Contrariando o rumo de diversas indústrias, em 2014, a companhia ampliou em 32% o faturamento e o tamanho da planta produtiva de 1.800m² para 2.900 m². O empresário ainda investe no poder das redes sociais como vitrine para o desejo de consumo, já que conta com mais de 230 mil seguidores no Instagram da grife e possui parceria com a blogueira de moda, Thássia Naves.

Vander Martins, diretor da Skazi 

A estilista Patrícia Bonaldi, que já tem seu trabalho consagrado em mais de 30 pontos de venda no exterior, inclusive na luxuosa Harrods (Londres), também acredita na rede social de imagens como um instrumento para visibilidade e brand, mas não atribui seu sucesso a isso.  “Minha marca já tem 12 anos e o Instagram começou como uma brincadeira, mas aumenta o alcance do meu trabalho e é uma super ferramenta que multiplica a  percepção das peças”, garante.  Ela ainda declara que o principal foco para o êxito das grifes que possui (Patrícia Bonaldi e PatBo) está no produto. “Inovação só existe quando você considera o que produz e pensa em melhorar a qualidade, a forma, o jeito de trabalhar, engenharia do tecido. Tudo isso é mais importante do que a estratégia de marketing em si”, destacou.  A designer deve desfilar a coleção da marca homônima no Mercedes Benz Fashion Week, nos Estados Unidos, em setembro.

Patrícia Bonaldi: "você deve tratar seu produto como um tesouro" 

Apesar de não exportar, Andrea Marques, a estilista da grife que leva seu nome, investe em tecidos e modelagens diferenciadas para manter a estratégia em meio ao cenário instável.  “Mesmo com as dificuldades enfrentadas, estamos em uma fase de crescimento contínuo por sete anos e 2014 não fugiu disso”, revela.  A empresa, que conta com 22 funcionários diretos e possui uma loja própria no Rio de Janeiro, além de marcar presença em 45 multimarcas pelo País, acaba de lançar mais uma coleção em parceria com a varejista C&A. “Acredito que será muito positiva essa união. Já que é a segunda vez que lançamos essas peças mais acessíveis. Na primeira, tivemos resultados ótimos e essa ação é importante para tornar o nosso brand mais conhecido e aumentar o conhecimento da grife”, afirma.

Andrea Marques acredita na parceria com o varejo como alternativa interessante

A jovem marca LLAS, das irmãs Lorena e Laura Andrade,  também gozam de boa saúde empresarial e recorrem ao frescor da jovialidade e à inspiração no lifestyle brasileiro para conquistar espaço no mercado. Com cinco anos de existência, a grife já foi vencedora dos concursos Ready to Go e Movimento HotSpot. Independente do pouco tempo de existência também já fizeram parceria com a rede de varejo Riachuelo. “Ficamos muito empolgadas com o convite, pois isso expandiu o conhecimento sobre o nosso trabalho”, destaca Lorena.  Presente em mais de 30 multimarcas, a LLAS deve ampliar seus canais de distribuição e inaugurar um ateliê e loja em Sorocaba (SP).  Outra novidade é que as empresárias desenharam o uniforme das hostess do próxima edição do Première Vision São Paulo.

Lorena e Laura Andrade, da LLAS, querem ampliar horizontes 

 Os números do Minas Trend reforçam a confiança de determinadas empresas.  Nesta edição foram 251 expositores, sendo 46 estreantes no evento, um crescimento de 5% em relação à temporada de Verão anterior. Além disso, a iniciativa mineira recebeu uma média de 15 mil visitantes, deste total estão incluídos cinco mil compradores, dos quais 750 são considerados com alto poder de decisão e compra.

A próxima edição do evento, que promoverá os lançamentos para o Outono/Inverno 2016, acontece entre 6 e 9 de outubro, no mesmo local.                                   

http://www.abit.org.br/n/minas-trend-grifes-adotam-estrategias-para...

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