Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Moda só fascina quanto tem conceito. E para tê-lo, ela  precisa nascer de forma tão autoral quanto a Arte. Mantendo-se fiel à essa visão, a 24° Edição do Dragão  Fashion Festival novamente deu incentivo, espaço e visibilidade para esse poderoso ativo nacional que é a criatividade do design brasileiro.

Com o tema “Em Movimento”, inspirado no princípio de que toda ação aplicada a um corpo resulta em uma reação, o DFB deste ano trocou a beira da praia de Iracema pelas escadas rolantes e climatização do Centro de Eventos do Ceará. A mudança para a área de 10.000 m2 ressaltou a faceta empreendedora do evento, que vem se tornando a cada edição mais multidisciplinar e socialmente impactante.

“O DFB não é só design de moda. É música, shows, exposições e mostras multiculturais” explicou Cláudio Silveira, idealizador e diretor do evento. “Teremos ainda mais mudanças na próxima edição”, antecipou, sinalizando o alinhamento cada vez maior ao abrangente conceito de Festival.

Honrando a missão de atuar como propulsor da cultura brasileira, diversos desfiles apresentaram narrativas regionais. O dito popular “Maria vai com as Outras”, explorado por Rendá; a divindade Iemanjá, tema de Norb Brand, e a comovente imagem das benzedeiras, interpretado por Johnson Alves são alguns exemplos.  Também a tradição do artesanato, as lutas do cotidiano e a própria arquitetura de Fortaleza foram mencionados nas coleções de nomes como Almerinda Maria, Levi Santos, Sanderson Amaral, Melk Zda, Bruno Queiroz e Kallil Nepomuceno, entre outros.

Volumes criados com acúmulo de fuxicos, babados e jabôs formaram um repertório de tendências nacional único. Bordados com pedrarias, canutilhos e mesmo objetos culturais como terços tornaram-se aviamentos incomuns em diálogo com manualidades como patchwork, rendas, crochê e peças metalizadas.

Também no denim tivemos a aparição de metalizados em efeitos espatulados por Lindebergue. O casual colocado como novo formal no jeanswear da Club 99. O mix da delicadeza das rendas regionais com o denim, apresentado por Rendá em parceria com a marca Banana Urbana. O denim black personificando a imagem dos felinos pretos na coleção de Bruno Olly. Interpretações utilitárias do material propondo novos códigos para o menswear em Vitor Cunha e Baba. 

O casting contemplando diferentes corpos, gerações e diversidade de gênero com naturalidade e orgulho foi outro ponto alto do Festival. Especialmente através da participação do modelo e personal trainer amputado Hendson Baltazar, que demonstrou na prática que o senso de moda e liberdade do streetwear é para todos.

Fonte: Vivian David | Foto: Divulgação.

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