Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Muitos amantes de tecnologia torcem o nariz quando o assunto é moda. Porém, com toda a modernidade e os avanços que o nosso mundo vem vivendo, os dois tem tudo para caminharem juntos. E as empresas já estão de olho nesta nova prática.

Um lançamento que está dando o que falar é o biquíni N12, o primeiro a ser lançado com impressão 3D e que promete um encaixe perfeito, sem costuras e nem fechos. Ele é confeccionado com o software Rhino 3D CAD, que usa um algoritmo baseado em círculos de vários tamanhos que formam a sua estrutura. Depois ele é impresso (na estampa que você escolher) em resina flexível, além de ser à prova d’água. Seu nome vem do Nylon 12, portanto, ficou conhecido como N12. Liderado pela designer Mary Haung, em conjunto com o grupo Continuum Fashion, estima-se que a sua venda seja a partir de US$ 250 só a parte superior.


Biquíni N12

Já para os pequeninos, as inovações também estão presentes. A empresa Kidy oferece a Palmilha Medidora, que avisa a hora de trocar o calçado, como também a tecnologia do Equilíbrio, que dá segurança às crianças durante os seus primeiros passos, além do cadarço Nó Perfeito, que dificulta o desamarrar. Ou seja, embora não pareça, existe tecnologia nos lugares em que menos percebemos.

“Ela pode estar ligada de muitas maneiras à moda, embora, na maioria das vezes, nem nos damos conta. Os exemplos mais simples no nosso dia a dia são as roupas para a prática de esportes, feitas com microfibras. Esses microfilamentos, geralmente de náilon, possibilitam que o usuário se sinta mais confortável termicamente, além de propiciar um grande conforto tátil. Pode parecer corriqueiro, mas há muita tecnologia empregada nessas roupas, a começar pela própria modelagem, que é desenvolvida tendo em vista quais regiões do corpo transpiram e esquentam mais durante a prática do exercício. A exemplo disto estão a linha Climacool, da Adidas, ou mesmo os uniformes dos jogadores de futebol – que utilizam apenas uma vez a roupa, porque depois de lavadas elas podem perder algumas de suas propriedades”, explica Welton Fernando Zonatti, professor de Tecnologia Têxtil da Escola de Moda Sigbol Fashion.


Palmilha Medidora

Alguns tênis e roupas esportivas, ou até mesmo as meias, também podem conter íons de prata, que é um excelente bactericida, ajudando a controlar os odores. E para comprovar que a moda se insere no mundo da tecnologia, alguns estilistas de alta costura também investem muito nela. Hussein Chalayan é um exemplo disto, colocando na passarela roupas funcionais e que reagem ao toque mudando de cor, acendendo luzes, ou então se fechando ou se abrindo, a exemplo de algumas saias high-techs. No Brasil a grife Animale colocou nas passarelas de 2009, em seu desfile de inverno, um tecido que mudava de cor com o toque do usuário, dependendo do nível de calor das áreas do corpo.


Vestido Chalayan

Como as empresas usam a tecnologia em seus produtos?
Welton conta que atualmente apenas as empresas de grande porte exploram a tecnologia em seus produtos por exigir delas alto investimento e tempo de estudo. “Infelizmente, pela própria lógica do mercado perpetuada até então, o lucro ainda é mais visado que os estudos em melhorias tecnológicas e de inovação, apesar de já observarmos mudanças no cenário nacional de têxtil e moda. É interessante observar que existem muitos meios de se explorar a tecnologia, não apenas produzindo roupas funcionais ou tecnológicas (também chamadas de wearable computers) ou tecidos tecnológicos. Há também tecnologia empregada quando se aperfeiçoa os meios de produção do setor de moda, reduzindo o consumo de energia elétrica, diminuindo impactos ambientais nos processos de extração da matéria-prima, implantando programas de reciclagem e reuso de água, entre outros”.

Resumindo, para o professor há empresas que se preocupam com a questão sustentável e, embora façam uma roupa convencional em termos de usabilidade e aparência, há grande tecnologia empregada nos meios de produção daquele artigo de vestuário. “Como exemplos temos a Osklen e a Eden, que produzem roupas com algodão 100% orgânico e utilizam corantes naturais – resultados obtidos depois de anos de pesquisas”, finaliza.

Por Dannielle Alarcón

Fonte:|http://www.baboo.com.br/conteudo/modelos/Moda-e-tecnologia_a42629_z...

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