Modelos mostram roupas para festa do Minas Trend

Peça essencial para o guarda-roupa de uma mulher, o vestido de festa atravessa os séculos com a mesma importância de quando vestia princesas, condessas, entre outras da nobreza. Hoje, a vestimenta continua a ter relevância e está presente em diferentes comemorações, como aniversários, casamentos, coquetéis e cerimônias de gala. Democrática, a roupa de festa é usada desde garotas de 15 anos até senhoras octogenárias. Apesar da mudança dos costumes entre as gerações, o traje para ocasiões de pompa e circunstância continua a ser reconhecido como uma verdadeira joia.  Exemplo disso são os expositores da 13ª edição do Minas Trend Preview, que aconteceu entre os dias 07 e 11 de outubro, em Belo Horizonte (MG). Das mais de 200 marcas de vestuário casual, bolsas e acessórios, cerca de 50 comercializaram a aclamada moda festa.

As princesas e rainhas ainda existem e são mulheres com poder aquisitivo suficiente para adquirir vestidos que custam no mínimo R$3 mil e variam até a bagatela que a cliente estiver disposta a pagar.  Os expositores do Minas Trend Preview mostram sua expertise na produção desse segmento da moda para criar roupas que trabalham com sonhos e autoestima.  A Vivaz, que acaba de comemorar 15 anos de existência, tem como público a classe AA, A e B. Com fábrica, loja e showroom em Belo Horizonte, a grife costuma trabalhar com materiais nobres, como seda pura, renda, tule, georgete e bordado, sendo os dois últimos considerados os carros-chefes das vendas. Fernanda Cortes, gerente de Marketing da empresa, detalha o perfil das clientes. “Estamos presentes em 150 multimarcas no País, com forte apelo no Nordeste e no interior de São Paulo. Exportamos para o Oriente Médio e nossas roupas vestem desde alguém com 15 anos até uma senhora com 60”, disse.  Entre os famosos que já vestiram Vivaz estão Camila Pitanga, Juliana Paes, Fernanda Rodrigues, Mariana Ruy Barbosa e Bárbara Paz.

   
 Dulce Alves, proprietária de boutique no Ceará,
visita o evento todo ano para escolher o que 
venderá ao seu seleto público
 

Dulce Maria Alves, proprietária da boutique La Dulce, situada em Fortaleza (CE),  afirma que a clientela de sua loja procura produtos específicos. “A mulher de hoje busca mais glamour e mais brilho. Por isso, acredito que a moda mineira é perfeita, porque tem todos os atrativos que elas procuram”, relata. Para Dulce, a moda festa não tem crise. “Nunca deixei de vender e não importa a época do ano”, completa.

A situação é um pouco diferente para a grife mineira Barbara Bela. Mesmo presente no mercado há 39 anos, a empresa precisou renovar seu portfólio para acompanhar as mudanças econômicas e do perfil das consumidoras. “Nosso diferencial é justamente a adaptação e adiantar-se ao desejo da mulher. Estamos em um momento crítico para a indústria da moda, mas devemos ser racionais e aproveitar a instabilidade como desafios e partir para novos rumos”, destacou Letícia Lorentz, estilista da marca.  Para alcançar essa racionalidade, foram inseridas mais peças lisas e estampas na cartela de produtos.  Apesar das mudanças, a Barbara Bela continua vendendo para a classe A, que compra vestidos toda vez que tem uma nova festa para ir. Além disso, pagam no mínimo R$ 3 mil para usar um modelo produzido em crepe, cetim, tule e bordados manuais que demoram até um mês e meio para ficarem prontos.

   
  Modelo veste look da Barbara Bela 

Tanto esmero é digno de admiração de embaixatrizes, juízas e socialites que compram na loja de Valéria Cabral, da Versatili, em Divinópolis (MG). Seu comércio atende mulheres de 15 a 80 anos da classe A e B. “Elas compram quantas vezes for necessário, raramente reaproveitam os vestidos e o valor não é um problema”, revela.  Valéria ainda afirma que “é necessário ter um tratamento diferente para essas pessoas, porque irão voltar para comprar se o produto é de boa qualidade e o atendimento excelente”.

Para a gerente da também mineira Condotti, Beatriz Moreira, o DNA da marca é que faz com que tenha sucesso de mercado. “As nossas consumidoras são atraídas pela modelagem que apresentamos que molda o corpo e melhora as formas”, atribuiu. Segundo ela, os vestidos não envelhecem suas clientes, que possuem a faixa etária entre 15 e 80 anos. “A mulher precisa de uma roupa moderna, que não a deixe como cara de ter mais idade. Nossas roupas são atemporais e por isso, muitas das compradoras as usam mais de uma vez. Entretanto, nenhuma delas tem problema em comprar um modelo diferente para ocasiões especiais”, garante.  Entre o público da Condotti estão pessoas do Nordeste, Sul e São Paulo.   

O perfil das novas nobres que vestem essas joias mudou até no quesito corporal. Para atender ao público plus size a grife Primeira Etapa, de Belo Horizonte, produz vestidos do tamanho 40 ao 54.  De acordo com uma das estilistas, o desafio é muito maior. “Essas mulheres são aceitam qualquer roupa. Tem que ter um bom caimento e deixá-las sensuais”, afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa do Minas Trend Preview, o evento contou com um incremento de 18% nas vendas de todos os segmentos presentes.

http://www.abit.org.br/Imprensa.aspx#874|ND|C