Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 

 

Moda e tecnologia estão caminhando cada vez mais juntos no rumo ao futuro do consumo consciente. A tecnologia, dentro do universo fashion, pode ser usada tanto para o bem, quanto para denunciar grifes, marcas ou profissionais que estão fazendo o que não deveriam. Um dos principais assuntos que rolaram nesta semana, nos corredores de todas as empresas de Moda, foi o aplicativo “Moda Livre”, lançado justamente na semana do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que comemorou 65 anos.

Isso aconteceu porque as principais denúncias feitas diariamente por consumidores ou defensores dos direitos humanos foi a de trabalho escravo  em empresas fornecedoras de produtos de moda. Quem nos acompanha sabe que nós falamos sobre o Caso Zara, onde foram encontrados operários bolivianos trabalhando em condições precárias, e recentemente sobre o Caso Les Lis Blanc, entre diversos outros. Os casos de verdadeiras senzalas brasileiras da Moda não são novos e, há muito, ONGs e pessoas conscientizadas com a gravidade do assunto, lutam para acabar de vez com essa exploração de trabalho.

    

O cenário de condições precárias onde muitos funcionários trabalhavam sob cargas horárias exaustivas. @Reprodução

aplicativo Moda Livre veio para mostrar a todos os consumidores quais marcas e grifes já foram acusadas de trabalho escravo e quais são devidamente regulamentadas, tendo como principal objetivo denunciar marcas que fomentam esse mercado clandestino e promover a conscientização dos consumidores, fazendo-os consumir marcas e redes de fast-fashion que também lutam contra essa causa.

    

ONG Repórter Brasil, que está por trás da idéia do aplicativo e também foi a principal responsável por trazer a tona as denúncias de trabalho escravo em diversas redes brasileiras de varejo, fez uma avaliação com empresas brasileiras de moda, baseado em um pequeno questionário. As empresas são classificadas com os sinais verde, amarelo e vermelho, de acordo com a sua postura diante do assunto.

Os indicadores do questionário foram:

- Políticas: a avaliação foi feita de acordo com os compromissos assumidos pelas empresas para combater o trabalho escravo em sua jornada de trabalho.
- Monitoramento: feito de acordo com as medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa. O monitoramento de seus fornecedores é de extrema importância para o compromisso de uma empresa.
- Transparência: avaliação feita baseada nas ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo.
- Histórico: é o resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo o governo.

O aplicativo, disponível para os sistemas iOS e Android, pretende ser uma ferramenta importante para as próximas compras. Agora, com apenas um clique, o consumidor pode conferir se aquela loja que ele está prestes a comprar tem histórico com trabalho escravo, ficando assim a sua decisão se vai contribuir ou não com este mercado.

É importante ressaltar que o aplicativo não recomenda que o consumidor compre ou deixe de comprar em determinadas marcas, ele apenas fornece informações para que faça a escolha de forma consciente.

Para mais informações, acesse o site da Repórter Brasil. 

É a Moda funcionando cada vez mais como ferramenta para o consumo consciente!

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Matéria: Lorena Bezerra

http://www.profissaomoda.com.br/materias/2013/12/moda-livre-aplicat...

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