Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Moda Íntima sob medida : Mais que uma lingerie, um presente e um carinho

por: Marcela Leone

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Com conceito intimista e seguindo a tendência do slow fashion, Júlia Theodoro Duarte criou em 2015 a The Bralette Boutique (vale a visita ao site), com peças que podem ser confeccionadas sob medida e que traduzem perfeitamente o estilo artesanal, com todo o cuidado necessário e a delicadeza de rendas, tules e o veludo – artigo que está em alta na estação.

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Sem grades fixas de numeração, a marca pretende atingir todos os estilos e corpos. Quer saber mais sobre essa novidade no mundo da lingerie? Então confira nossa entrevista com a idealizadora da marca abaixo.

Como surgiu a ideia de criar uma marca com foco no slow fashion e em peças sob medida para todos os tipos de corpos?
Por necessidade pessoal, principalmente. Não encontrava lingeries que funcionavam para o meu tipo de seio e notei que a reclamação era muito comum entre outras mulheres. Pensei que, já que o mercado trabalha em grande parte com peças de tamanho padrão e em escala, a maneira de quebrar o ciclo e resolver as questões individuais de cada pessoa era trabalhando sob medida. Por ser uma pessoa só trabalhando no processo, o único formato cabível pra mim seria no slow fashion, até para poder desempenhar tudo com muito cuidado e atenção, outra coisa que senti que faltava no mercado convencional.

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Qual o diferencial da marca?
Além do sob medida e sob encomenda, justamente cuidar de cada pedido e cada caso e cada pessoa, exclusivamente. Apesar de trabalhar no formato de e-commerce, o relacionamento é muito próximo com as clientes e eu tento manter isso sempre. Conhecer a pessoa, olhar as medidas com atenção, mandar um e-mail caso seja necessário, conversar nas redes sociais e fazer cada peça como se fosse para alguém que eu amo. Quero que seja mais do que uma lingerie, seja um presente e um carinho que essa cliente recebe em casa.

Julia Theodoro, proprietária da marca

Júlia Theodoro, proprietária da marca

Qual o lifestyle da consumidora The Bralette Boutique?
Não costumo classificar porque nós temos os mais diversos perfis de consumidoras. No geral, são mulheres que procuram conforto e beleza nas peças de um tamanho que realmente funcione para o corpo delas, e isso é muito abrangente. Todo tipo de mulher passa por essa situação, então não consigo delimitar um lifestyle só.

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O que as mulheres desejam na hora de escolher uma lingerie?
Conforto, beleza, informação de moda… Elas querem poder usar o que está “na moda” de um jeito que funcione pra elas.

Até que numeração a marca trabalha e como sugerem e desenvolvem os modelos para o público plus size?
Não tem limitação de tamanho menor ou maior. Por ser sob medida eu faço em todos os tamanhos, mesmo. O processo de desenvolvimento de modelos é igual, mas as peças podem ter alterações e adaptações. Sempre disponibilizo três larguras de alças, elásticos de base, modifico o modelo caso a cliente queira… A intenção é oferecer o máximo do modelo original, de maneira que fique confortável.

Quais a principais tendências para a próxima estação?
Não sou muito ligada nisso de tendências, por incrível que pareça. Mas notei que o veludo veio muito forte para essa estação, e pelo que senti das minhas clientes, existe um sentimento de experimentação bem grande, então talvez tecidos com acabamentos especiais, mais coloridos etc.

Quais os tecidos utilizados, cores, tecnologia empregada em cada peça?
Os tecidos principais são renda, tule, malha e agora muuuuito veludo. Nossa cartela de cores é no geral sempre voltada para cores mais escuras, preto, bordô, azul marinho; quando não, são tons fechados, como rosa queimado, as meninas gostam bastante. O processo não é exatamente o mais tecnológico, já que é tudo feito à mão. A modelagem é feita de acordo com as medidas, corte, costura e embalagem, tudo feito pelas mesmas mãos.

Como trabalham o conceito outwear na moda íntima?
Acredito que não coloquei isso muito em evidência, com exceção dos bodies de veludo.

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A marca propõe o empoderamento feminino investindo em campanhas com “pessoas normais”. Qual o impacto dessa publicidade?
É sempre muito positivo. Não do ponto de vista comercial, mas do de reconhecimento do público. As mulheres mandam mensagem e se sentem à vontade pra comprar as lingeries quando veem que elas são mesmo para todos os corpos e isso é muito bonito de ver e de sentir. É incrível saber que é possível fazer a diferença na autoestima de alguém ou no jeito que elas passam a ver outras mulheres.

E como se comunicam com suas consumidoras?
Como as campanhas são lançadas na internet, a comunicação é sempre bem próximas nas redes sociais. Na maior parte do tempo são comentários positivos.

Como aliar preços competitivos à exclusividade de peças feitas sob encomenda?
É bem difícil, principalmente por ser uma empresa de uma pessoa só, como eu costumo dizer. Tudo é mais caro pra quem é pequeno empreendedor. O que eu procuro fazer é comprar de outros pequenos empreendedores e não ter uma margem de lucro alta. Minha intenção nunca foi – e não é – ganhar rios de dinheiro e crescer internacionalmente com a marca; a intenção é solucionar problemas, trazer bem-estar… E pra que isso funcione de fato, eu preciso abrir mão de valores altíssimos, por mais que o conceito seja “exclusividade”.

Pretendem abrir loja física?
Não exatamente loja física, porque pelo modelo de negócio seria inviável; mas um ateliê aberto ao público, sim.

Por Vanessa de Castro | Fotos: divulgação 

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