Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Moda paranaense ganha destaque nacional no setor têxtil, diz sindicato

Segundo Sinvespar, sudoeste do estado congrega cerca de 400 indústrias.
Coluna Vestiba desta quinta (29) mostra a rotina dos profissionais de moda.

A moda paranaense tem ganhado destaque no cenário nacional do setor têxtil por meio do trabalho de estilistas e designers de moda. Somente o sudoeste do Paraná congrega cerca de 400 indústrias em 32 dos 42 municípios da região, conforme o Sindicato das Indústrias do Vestuário do Sudoeste do Paraná (Sinvespar).

A região possui mais de 10 mil trabalhadores formais no setor. O dia a dia dos profissionais que trabalham com moda é o assunto desta quinta-feira (29) da coluna Vestiba do Paraná TV.

Segundo a consultora do Sinvespar Solange Stein, o mercado da moda no sudoeste teve origem com a chegada dos imigrantes italianos. "As primeiras indústrias surgiram a, aproximadamente, 38 anos a partir dos alfaiates. Atualmente, a moda do sudoeste do Paraná é reconhecida e referência no sul do país", disse.

'Tem muitas pessoas que acham que é só desfile e glamour', diz designer de moda (Foto: Reprodução/RPC)'Tem muitas pessoas que acham que é só desfile
e glamour', diz designer (Foto: Reprodução/RPC)

Solange explicou ainda que o carro-chefe desta região do estado é a moda masculina. "Desde a moda íntima até o black-tie. Hoje, dos 18 milhões de peças produzidas no ano, 75% vem da área masculina. Então, o setor é muito forte e muito presente", afirmou.

A designer de moda Naiara Mazetto trabalha no setor de desenvolvimento e marketing de uma indústria de moda masculina em Francisco Beltrão, na região sudoeste do estado. Ela explicou que, nesta época, as empresas se preparam para o lançamento da coleção de inverno do ano que vem.

"Estamos na produção da campanha da nova coleção. Devemos pensar em algo que seja realmente capaz de ser produzido e que o mercado consiga absolver. Não apenas uma coleção conceitual, como aquelas que são apresentadas nas passarelas, mas uma coleção comercial", contou.

Sudoeste do Paraná congrega cerca de 400 indústrias do setor (Foto: Reprodução/RPC)Sudoeste do Paraná congrega cerca de 400
indústrias do setor (Foto: Reprodução/RPC)

Para a estilista Mônica Macente, que se formou em Moda em 2009 na Universidade Estadual de Maringá (UEM), o trabalho do estilista envolve sensibilidade e tato comercial.

"Todo desenho, toda peça conta uma história. Então quando eu desenho um vestido, tenho que pensar o que quero atingir com essa criação e pensar também na cliente final, que vai usar essa peça", disse.

Mônica trabalha com moda há oito anos em um grupo que está entre os cinco maiores do país. A estilista contou como funciona o dia a dia da profissão. "O trabalho é feito a quatro mãos, pelo estilista e pelo modelista, que precisa acreditar naquilo que você desenhou. Afinal, muitas vezes o que você pensou e idealizou pode passar por um contratempo no meio do caminho. Essas mudanças podem, inclusive, melhorar a peça", afirmou.

Remuneração
Na cidade de Cianorte, na região noroeste do Paraná, existem mais de mil marcas de roupas. O empresário representante da Associação das Indústrias de Confecção dos Vestuários de Cianorte (Asconveste) Márcio Alves Ferreira falou sobre o salário de um profissional do ramo. "Esse trabalhador começa em estágio, onde a remuneração é de R$ 1.500. Na sequencia, ele pode chegar a ganhar de R$ 3 a 10 mil por mês", ressaltou.

A estilista Mônica Macente se formou em Moda na UEM, em 2009 (Foto: Reprodução/RPC)A estilista Mônica Macente se formou em Moda na
UEM, em 2009 (Foto: Reprodução/RPC)

Formação
Para a designer Naiara Mazetto, o pensamento de que o curso de moda gira em torno do glamour das passarelas é ultrapassado.

"Tem muitas pessoas que entram na faculdade achando que é só desfile, glamour e São Paulo Fashion Week (SPFW), mas não é. O glamour, na verdade, fica para poucos e para uma pequena porcentagem. O resto é muito trabalho", disse.

A estilista Mônica Macente defende o curso e afirma que o trabalho do profissional de moda envolve e abrange muitas áreas. "Não é uma faculdade fútil, como muitas pessoas pensam. 'Ah, não tinha o que fazer, foi lá e fez moda', isso não é verdade. Aliás, é um curso muito complexo, que envolve muita matemática e gestão. No caso do estilista, a gente não tem rotina. Todos os dias quando você chega no trabalho é um mundo diferente ao seu redor e você precisa resolver várias coisas", contou.

O ideal  para quem quer adquirir uma bagagem de experiências na área, é passar por todos os setores, inclusive a modelagem e a costura. É isso que aconteceu com a estilista Marina Moresco, que está no ramo a seis anos. Ela contou que foi crescendo aos poucos.

"Entrei na empresa como estagiária, fui pra assistente de estilo, depois passei para estilista jr. e, finalmente, pra estilista. Ter evoluído e passado por todos os cargos, com certeza, me trouxe uma experiência enorme, pois quanto mais informação se tem, mais a criatividade se aflora", disse.

http://g1.globo.com/pr/parana/educacao/vestiba/2015/noticia/2015/10...

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O Brasil precisa antes de tudo saber a diferença entre moda e roupa, moda aqui quase ninguem faz, mesmo nas semanas de moda que vergonhosamente estao cada dia mais decadente, mais fast fashion, mais copias baratas, um ou outro e que ainda faz moda, o resto é o resto, aqui ninguem se preocupa com produto, estao mais preocupados em mostrar qualquer porcaria na passarela, exemplo disto foi o fashion rio que de tao fast fashion e copia se acabou e o SPFW, esta no mesmo caminho, salvo uma meia duzia de 3 ou 4, o resto é lixo e nem a renda paraibana salva a mediocridade e a falata de talento de quem desfila por la

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