Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A etiqueta “Fabricado no Peru” pode ser encontrada nos produtos das marcas de alta gama como Superdry, Ralph Lauren e Under Armour, os quais são produzidos em empresas “full package” como Topy Top, um império familiar localizado nos arredores de Lima. “O algodão peruano é reconhecido pela sua excelente qualidade, apesar de ter em sua composição até 60% de algodão norte-americano”, explica o diretor geral de Topy Top, Estevan Daneliuc Peslar. “O Peru não é competitivo com roupas baratas, apenas com produtos de alta gama como Hugo Boss, por exemplo”.

Quais são as estratégias do Peru para impulsionar seus estilistas nacionais a nível internacional?

Hoje, a maior parte das confecções peruanas é exportada para o continente Americano. Os Estados Unidos importou 56,5% em 2010 — um Tratado de livre comércio foi estabelecido entre os dois países em 2006 — e a Venezuela responde por 14.5 % (veja no gráfico abaixo). De acordo com PromPerú, “os Estados Unidos e a Venezuela são os principais destinos para camisetas e polos para mulher, enquanto que a Alemanha é o segundo mercado importador de camisas para homem” (estatísticas de 2010).

Confecções exportadas do Peru: Principais mercados importadores % - 2010 / Fonte : PromPerú

O Peru está em pleno processo de consolidação competitiva na indústria têxtil e de moda “prêt-a-porter”. Estes esforços se refletem no lançamento da primeira edição do “Lima Fashion Week”, que ocorreu em paralelo ao salão de moda “PerúModa” (Abril 28-30), e ao salão de casa e decoração “Peru Gift Show”, ambos financiados pelo governo através do PromPerú.

Nesta última edição, o PeruModa registrou um total de 8.390 visitantes, dos quais 1.400 eram estrangeiros, segundo os organizadores. Uma baixa de 7% em relação a edição de 2010.

Sumy Kujón, Elfer Castro e Harumi Momota foram alguns dos doze estilistas que mostraram suas coleções no Lima Fashion Week (LIF Week), utilizando as finas fibras peruanas, como a Alpaca oo algodón pima. De forma geral, pode-se dizer que o evento foi satisfatório, por ser a primeira semana de moda organizada em Lima, mas ainda existem muits desafios, especialmente no quesito criatividade.

Foi uma grande surpresa que Meche Correa, uma das mais conhecidas estilistas do país, não tenha participado da LIF Week. Suas criações mesclam com equilíbrio elementos étnicos e modernos. A estilista confirmou ao FashionMag.com que espera poder participar da próxima edição do Lima Fashion Week.

Por outro lado, novos talentos emergiram por meio do Concurso de Jovens Criadores, dando o prêmio a Edith Isabel Huaman Mantari na categoria Alpaca, e também à Pauline Filipetti na categoria Algodão.
Os tecidos fazem parte dos pilares da cultura Inca. Hoje, os estilistas devem se inspirar em seu próprio legado cultural. Durante a semana de moda, percebeu-se uma tendência muito forte de inspirar-se em estilos ícones como o de Roberto Cavalli ou Chanel. Não faz nenhum sentido limitar a imaginação à imitação de tendências vistas na Europa ou nos Estados Unidos, quando existe uma fonte de inspiração tão ampla, colorida e original no legado ancestral peruano.

Fonte:|pt.fashionmag.com|

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