Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em meio a quilos de produtos de maquiagem, secadores e araras repletas de roupas, os tablets ainda aparecem timidamente, mas já se consolidam como o mais novo instrumento de trabalho dos profissionais do mundo da moda. Em Nova York, modelos exibem suas fotos através do dispositivo, deixando de lado os tradicionais e pesados books.

No Brasil, ainda são poucas as que fazem uso do equipamento, mas é uma questão de tempo para que ele vire tendência, aposta Liane Kohlrausch, proprietária da agência L’Equipe. “As modelos que passam uma temporada lá fora trazem seus aparelhos e começam a usar nos testes daqui. As que ainda não viajaram veem e querem também. Já temos pelo menos cinco profissionais que trabalham conosco que só carregam seus iPads para as seleções”, aposta.

No Fashion Rio, a top Marcelia Freesz, de 21 anos, era uma das poucas modelos que desfilava com um tablet pelos camarins e corredores do Píer Mauá. Enquanto aguardava para ser maquiada, usava o equipamento para navegar na internet. “Sempre estou com o meu na bolsa. É como um celular, mas, ainda não uso como book. Em Nova York, sei de agência que já criou até aplicativo de books digitais para iPads”, conta ela.

Torquatto também usa

Mesmo sem ter um software específico, o booker Gelbh Costa, da agência Mega de São Paulo, criou uma pasta em seu tablet com os composites digitalizados de todos os seus modelos. A vantagem, segundo ele, é a possibilidade de mostrar um vasto material para um possível cliente a qualquer momento.

Foi assim, através de um iPad, que o fotógrafo e maquiador Fernando Torquatto exibiu para o diretor criativo do Fashion Rio, Paulo Borges, algumas imagens de personalidades que ele registrou ao longo de sua carreira. O fruto do encontro foi a mostra que reuniu 34 retratos suspensos em um dos armazéns do Píer Mauá durante a semana de desfiles. “Eu gosto bastante de usar o tablet porque nele você consegue ver com mais detalhamento as fotos. A luminosidade do aparelho também valoriza as imagens, além de ser prático de carregar”.

Mas há quem tenha dúvidas se a moda vai pegar facilmente entre os profissionais que atuam no Brasil. Para a booker Bruna Bianchi, da agência Elo, a falta de segurança e o alto custo são alguns dos entraves para a disseminação do gadget no cotidiano das modelos, principalmente as novatas que precisam se locomover muito e de ônibus.
“Minhas modelos que estão trabalhando no Japão contam que as russas e canadenses só usam iPads para mostrar suas fotos. Mas aqui é diferente. Se roubarem o tablet, a modelo não vai ter o que apresentar ao cliente. Já o book tradicional ninguém quer roubar”, compara.

Sérgio Mattos, diretor da agência 40 Graus Models, engrossa o coro em prol do velho álbum. “Eu gosto de manusear, de pegar as fotos. Se precisar, posso tirar uma do book para ver melhor. Acho que vou demorar pra me acostumar ao tablet. Mas, na moda é assim: tem peça que a gente acha estranha quando o estilista lança na passarela, e, de repente, está todo mundo usando”.

Da AFP Paris

Fonte:|http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120128121747&a...

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