Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Ana Paula Paiva/Valor / Ana Paula Paiva/ValorFranzato, diretor de mercado do grupo Morena Rosa: foco no interior do Sudeste

A família Morena Rosa vai crescer. E o novo rebento chama-se Lebôh, uma marca feminina jovem que nasce com velocidade do "fast fashion", mas com a qualidade técnica da moda convencional - ao menos em tese. A ideia do grupo Morena Rosa, dono das marcas Maria Valentina, Joy, Zinco e da própria Morena Rosa, é criar uma grife capaz de competir dentro do conceito de moda rápida e acessível, porém com mais sofisticação. "O fast fashion é uma realidade que veio para ficar", diz Lucas Franzato, diretor de mercado do grupo Morena Rosa, que está conduzindo o lançamento da Lebôh. O principal mercado consumidor da nova grife será o interior. "E nossa intenção com a Lebôh é levar esse conceito para cidades pequenas, que têm pouco acesso a esse tipo de produto".

Onda que vem tomando as capitais, principalmente por meio de varejistas internacionais, o "fast fashion" é relativamente fraco nas cidades do interior do Sudeste. Com a Lebôh, Franzato espera cobrir essa demanda. O forte da grife será a velocidade e a afinação com as tendências de moda mais frescas. "Enquanto o cronograma convencional de produção gira em torno de dez meses, as peças da Lebôh sairão do papel e chegarão às lojas em dois ou três", compara o executivo, que afirma: "Faremos o 'fast fashion' do nosso jeito: sem abrir mão de qualidade".

Com faturamento anual de R$ 400 milhões ("sell-in"), o grupo Morena Rosa é associado ao Tarpon Investimentos desde 2012. De acordo com Franzato, a Lebôh terá o mesmo nível e as mesmas matérias-primas usadas por outras marcas do grupo. A produção estará a cargo da fábrica do grupo, no interior do Paraná, e de parceiros terceirizados. A tiragem por modelo será pequena, para acompanhar os humores e as mudanças da moda. "O preço será competitivo por conta do volume de produção e dos processos mais enxutos", diz Franzato.

O principal canal de distribuição da grife serão as lojas multimarcas. Nessa primeira coleção, a ser lançada em meados de julho, a ideia é chegar a 600 pontos de venda - além do "e-commerce". Por ano, serão cinco coleções, que receberão complementos conforme as vendas. O preço médio, para o consumidor final, será de R$ 150. "Nesse estilo de negócio, o risco é maior", admite Franzato. Isso ocorre porque a coleção será produzida independente dos pedidos feitos pelos clientes lojistas, que serão atendidos por 34 representantes comerciais. A equipe de estilo, portanto, terá de ser bastante seletiva a respeito de quais tendências de moda seguir, para não haver encalhes.

A operação da Lebôh é enxuta em tudo. Não haverá, por exemplo, nenhum tipo de impresso, como catálogo ou "look book" - que custam muito e demandam tempo. Para mostrar aos lojistas toda a coleção, os representantes contarão com a ajuda da tecnologia, explica o executivo. "Vamos fotografar as peças em diferentes ângulos para que o lojista conheça todas as opções da coleção através de um sistema online", diz Franzato. Além disso, afirma o executivo, os representantes poderão saber, em tempo real, a disponibilidade em estoque de cada peça, incluindo grade de tamanhos e cores.

A estilista da Lebôh, Priscilla Simões, espera ganhar as consumidoras apaixonadas por novidades. "Como a produção é rápida, podemos ver as principais tendências e aplicá-las na próxima coleção", diz Priscilla. O estilo da grife é definido como sendo um "streetstyle moderno". A primeira coleção da Lebôh vai trazer, entre outras coisas, peças metalizadas ou de tons adocicados, as chamadas "candy colors". A tendência "navy" (marinheiro), com visual atualizado, também vai marcar presença.


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Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo




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