Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A utilização da nanotecnologia em bens de consumo continua a crescer a um ritmo rápido e consistente, apesar das dúvidas em relação à segurança da aplicação de nanopartículas. Segundo o PTE, estão atualmente no mercado mais de 1.300 produtos com nanotecnologia identificados pelos produtores. 
 

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Nanotecnologia invade mercado

 «Quando lançámos o inventário em março de 2006, continha 212 produtos», refere o diretor do Projeto sobre Tecnologias Emergentes (PTE) sediado em Washington, David Rejeski. «Se a atual tendência persistir, o número de produtos pode chegar aos 3.400 até 2020», acrescenta.

Os artigos para saúde e fitness continuam a dominar o inventário do PTE, representando 56% dos produtos listados. Há mais produtos baseados em nanopartículas de prata do que em qualquer outro nanomaterial, com 313 produtos, que representam 24% do inventário.

No que diz respeito a vestuário melhorado com nanotecnologia, uma das pioneiras e líder neste campo é a Nano-Tex, com mais de 80 fábricas têxteis em todo o mundo a usar os seus tratamentos em produtos vendidos por mais de 100 marcas mundiais.
A mais recente inovação da empresa é o Aquapel, uma abordagem económica e altamente eficaz à repelência de água completamente isento de fluorocarbonetos.
Outro produto bem-sucedido nesta área é o NanoSphere, produzido e promovido pela suíça Schoeller Technologies, em cooperação com a fornecedora de químicos Clariant. Esta tecnologia de impregnação têxtil à base de nanotecnologia combina significativas vantagens ambientais e eficácia na resistência às nódoas.

A segurança deste tipo de produtos, contudo, continua a ser colocada em causa. Em 2011, a marca alemã de vestuário de desporto outdoor Jack Wolfskin optou por deixar de usar os produtos da Nano-Tex em resposta ao debate público sobre os efeitos da nanotecnologia a longo prazo, que ainda não estão perfeitamente claros.

A prata é o produto de nanotecnologia mais utilizado em aplicações de consumo, e embora mais de 1.000 kg de nanoprata sejam já utilizados anualmente, ainda se sabe muito pouco sobre os seus efeitos no ambiente.

Com o objetivo de confirmar que os têxteis tratados com nanopartículas de prata não são prejudiciais, investigadores do Hohenstein Institute, na Alemanha, juntamente com 16 parceiros, estão a trabalhar num grande projeto para investigar o efeito das partículas no ambiente. Os resultados deste trabalho podem ser úteis à indústria têxtil.
«Com este grande projeto, estamos a fechar uma grande lacuna na investigação têxtil», afirma Edith Classen, que lidera a investigação. «Os dados que obtivermos em relação às características em termos de propriedades, tamanho, forma e superfície das nanopartículas de prata irão formar uma base importante para avaliar o risco que os têxteis tratados com elas colocam ao ambiente», conclui.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41542/xmview/...

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