Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Índice de Transparência da Moda Brasileira revela dados polêmicos das maiores marcas do Brasil

O Fashion Revolution Brasil divulgou nesta semana o seu anual Índice de Transparência da Moda Brasileira (ITMB). O relatório analisa as 50 maiores marcas do país e revela para o público os dados de transparência e comprometimento das empresas com práticas sustentáveis, políticas e trabalhistas. Este ano, a análise contemplou mais de 200 indicadores, que investigaram tópicos relacionados à práticas na pandemia, salários justos para viver, igualdade de gênero e racial, circularidade, clima e biodiversidade, entre outros.

Índice de Transparência da Moda Brasileira revela dados polêmicos as maiores marcas de moda do Brasil (Foto: Getty Images)

Índice de Transparência da Moda Brasileira revela dados polêmicos as maiores marcas de moda do Brasil (Foto: Getty Images)

Mesmo com o aumento das discussões e iniciativas relacionadas a moda circular nos últimos anos, a indústria da moda ainda deixa uma enorme pegada de carbono no planeta, utilizando matérias primas não-renováveis e contaminando o solo e as águas com componentes químicos - tudo isso, para sustentar um ritmo de consumo desenfreado. O Brasil, inclusive, viu sua contribuição com o desmatamento resultar em ser o único país do mundo a mostrar alta de emissões de carbono durante o período pandêmico. 

Esta realidade é refletida nitidamente nos resultados do relatório de 2021 do ITMB, que mostram que, entre as 50 marcas analisadas, apenas 22% compartilham metas com base científica relacionadas ao clima, e nenhuma empresa tem um compromisso considerável com o desmatamento zero. Já 20% publicam uma estratégia mensurável para a gestão de materiais sustentáveis, e 14% divulgam a referência utilizada para definir matéria-prima sustentável. Além disso, 20% publicam a quantidade de fibras que usam anualmente e apenas 14% divulgam progressos na eliminação de químicos perigosos.

Em relação ao efeito da pandemia do COVID-19 na indústria da moda brasileira, a análise mostra que 20% das marcas divulgaram a quantidade de funcionários que tiveram redução de salários ou foram demitidos, e apenas 4% a quantidade de trabalhadores da rede de fornecedores das grifes tiveram salários atrasados ou contratos suspensos. O relatório revela ainda que 12% das empresas publicam a diferença salarial entre mulheres e homens, mas nenhuma publica as diferenças salariais de seus funcionários com recortes raciais.

Índice de Transparência da Moda Brasileira revela dados polêmicos as maiores marcas de moda do Brasil (Foto: Divulgação/Fashion Revolution)

Índice de Transparência da Moda Brasileira revela dados polêmicos as maiores marcas de moda do Brasil (Foto: Divulgação/Fashion Revolution)


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Algumas marcas obteram um saldo positivo na porcentagem de transparência segundo o relatório. Foram elas: C&A (70%), Malwee (66%), Renner (57%), Youcom (57%) e Adidas (53%). Já Besni, Brooksfield, Caedu, Carmen Steffens, Cia. Marítima, Colcci, Di Santini, Forum, Kyly, Leader, Lojas Avenida, Lojas Pompeia, Marisol, Moleca, Nike, Sawary e TNG não pontuaram na análise. 

ISABELA PÉTALA (@PETALALALA)

https://revistaglamour.globo.com/um-so-planeta/noticia/2021/12/indi...

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