Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Negócios da Freudenberg Crescem de 5% a 10% no País - Tecido não Tecido

Juan Carlos Borchardt, representante: "O que vimos até março é que 2013 começou bem melhor que o ano passado"

O primeiro trimestre foi de aceleração para as operações no Brasil do grupo industrial alemão Freudenberg. Em entrevista ao Valor, Juan Carlos Borchardt, representante da companhia para América do Sul e África do Sul, revelou que as vendas avançaram entre 5% e 10%, em relação ao mesmo período do ano passado, entre as diferentes divisões em que a companhia atua no país.

"O que vimos até março é que 2013 começou bem melhor que o ano passado", disse Borchardt. Ele acrescentou que abril e maio já dão sinalizações de continuidade dessa tendência, com entrada firme de pedidos.

Pelo plano de negócios encaminhado no meio do ano passado pela subsidiária à matriz, a previsão da empresa é crescer 8,2% no Brasil em 2013. Contudo, afirma Borchardt, como o plano é feito com muita antecedência e o cenário está mais positivo que o previsto, a alta pode ser superior. Borchardt ressalvou que ainda é cedo para afirmar como será o desempenho em 2013, até porque os negócios são sensíveis à oscilação de preços de matérias-primas.

No ano passado, mesmo com a desaceleração da economia brasileira, a empresa conseguiu crescer organicamente 8,5% no país, com faturamento de R$ 619 milhões. Assim como em outros países emergentes, a expansão no Brasil superou o ritmo de crescimento global do grupo, que foi de 5,5% considerando aquisições, para um faturamento de €6,3 bilhões (R$ 16,4 bilhões), e de 2,2% de alta na receita ajustada.

O grupo tem sete fábricas no Brasil. É fornecedor de componentes de vedação e controle de vibração, de tecidos não tecidos (TNT) e de especialidades químicas. Segundo Borchardt, as divisões de especialidades químicas e de vedação conseguiram crescer com força, em grande parte impulsionadas pelo setor automotivo. Avançaram, respectivamente, 10% e 6,2%.

A divisão de TNT teve um crescimento importante, de 5,5%, mas prejudicado pela desvalorização do real. "A taxa de câmbio não ajudou os fabricantes brasileiros de não tecidos", disse Borchardt. Segundo ele, foram afetados principalmente os segmentos calçadista, cujas vendas da empresa cresceram apenas 2%, e de vestuário, com alta de 3% nas vendas.

No último ano, as fibras sintéticas importadas ficaram caras e tornou-se mais difícil produzir TNT localmente, já que o TNT importado continuou entrando com preço baixo no país. A estratégia passou então a ser ganhar produtividade e desenvolver fornecedores locais, disse o executivo. "Fizemos muitos progressos no segundo semestre, usando novas fórmulas e novas tecnologias para produzir o mesmo material aqui."

Segundo Borchard, a matéria-prima do TNT, que era toda importada, já teve 10% de origem local no ano passado. Ele acredita que esse percentual possa chegar a 30% neste ano e, no longo prazo, possa até suprir praticamente toda a demanda da empresa no país.

O executivo mencionou a estratégia global do grupo de sustentar o crescimento nos países dos Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em vista do cenário adverso na Europa. Nesse sentido, a empresa vem estudando a possibilidade de realizar novas aquisições no Brasil, que "está no foco para compra de companhias". "Provavelmente, em 2013, teremos boas novidades no Brasil também".

No ano passado, o grupo investiu R$ 35 milhões na operação brasileira. Para 2013, o plano é investir R$ 40 milhões, sem considerar possíveis aquisições.

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Respostas a este tópico

Apenas com o objetivo de colaborar, não existe tecnicamente o termo "tecido-não-tecido". Ou é tecido, pois entra em um tear, ou é Não-tecido, do inglês NONWOVEN.

TNT é erro de nomenclatura técnica .

Atenciosamente.

José Assini Perdomo

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