O grupo de vestuário e equipamentos desportivos Nike anunciou na quinta-feira que poderá poupar até 2 mil milhões de dólares longo de três anos, com mais automatização, uma revisão das suas gamas e uma redução da sua força de trabalho, a uma escala não especificada.
Por ocasião da publicação dos resultados do segundo trimestre do seu exercício financeiro escalonado, o grupo especificou num comunicado de imprensa que a maior parte destas poupanças seria "investida para financiar o crescimento futuro, acelerar a inovação a ritmo e em escala, e gerar uma rentabilidade superior a longo prazo”.
A implementação deste programa de redução de custos deverá resultar num encargo antes de impostos de aproximadamente 400 milhões a 450 milhões de dólares, grande parte dos quais serão incluídos nos resultados do terceiro trimestre. Tratar-se-ão sobretudo de verbas para idemnizações por rescisão de contratos, indicou simplesmente.
John Donahoe, CEO da Nike, comentou citado no comunicado: “Vemos uma oportunidade excecional para gerar um crescimento da rentabilidade a longo prazo. Atualmente, estamos a colocar a empresa como um todo num caminho para investir nas nossas atividades com maior potencial, para aumentar o nosso impulso em direção à inovação e para acelerar a nossa agilidade e capacidade de reação.”
No segundo trimestre, encerrado a 30 de novembro, a Nike realizou um volume de negócios de 13,39 mil milhões de dólares (+1%) e lucro líquido de 1,58 mil milhões de dólares, o que representa um salto de 19% num ano. Relatado por ação e excluindo elementos excecionais – referência para os mercados -, o lucro ascende a 1,03 dólares, quando o consenso contava com 84 cêntimos de dólar.
Mas, o grupo relatou um “ambiente mais ameno” em relação às suas previsões de volume de negócios para o segundo semestre. Nas transações eletrónicas após o encerramento da Bolsa de Nova Iorque, as ações da Nike caíram 5,33%.
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