Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Embarque nessa viagem, proposta por Gloria Kalil, pelas 40 décadas de moda testemunhadas pela revista Lançamentos. Confira os momentos mais marcantes dos anos 70, 80, 90 e 2000 nas passarelas e no comportamento de quem viveu essas décadas.

ANOS 1970: a década da curtição – A moda era ser liberado. Chic era ser experimental.


No início da década, Yves Saint Laurent fez os primeiros modelos inspirados no Oriente. África e Ásia entram na moda e trazem à tona as ideias de étnico e folk. A volta à natureza vira assunto de roupa e de estilo de vida com os hippies, jovens frequentadores de festivais de rock ao ar livre. As marcas de prêt-à-porter passam a ser mais cobiçadas que as da alta-costura. Como símbolo de liberdade, o mundo inteiro usa jeans – de manhã, de tarde e à noite. Surge o conceito de “unissex”, junto com o movimento de liberação homossexual. É também tempo de discotecas, “Dancin' Days”, gloss e brilho. Os homens usam calças justas e boca-de-sino, tipo John Travolta em “Saturday Night Fever”. As garotas usam shorts de alfaiataria (hot-pants) com botas, maximantôs e cabelos afro. Mas os punks fecham a década com roupas negras cheias de alfinetes, coturnos, cabelos raspados e espetados, em contraponto ao flower power.

ANOS 1980: a década do poder – A moda era ser poderoso: o que já não era tão chic...


Os yuppies, jovens milionários da bolsa de valores, dominam o mundo ganhando fortunas e gastando em carros, champanhe, roupas de marca (gravatas Hermès, canetas Montblanc, computadors IBM). Armani inventa o terno desabado para os homens e coloca o blazer, com ombreiras, no guarda-roupa das mulheres – que agora faziam parte do ambiente corporativo – usados com escarpins. Eles usam cabelos com gel, elas medonhos penteados crespos, maquiagem exagerada e sombras azuis nos olhos. Começa a obsessão pelo fitness, todo mundo pratica jogging e as danças agitadas de Patrick Swayze em “Dirty Dancing” também entram em evidência. Os japoneses Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto fazem uma entrada espetacular na moda, desestruturando suas linhas, com sobreposições e o conceito do pauperismo. Grifes poderosas da época: Mugler, Montana, Alaïa, Halston, Calvin Klein.

ANOS 1990: a década da individualidade – A moda era ser único: o que poderia ser chic.


A década se abre com as bandas de Seattle lançando o look grunge, com Kurt Cobain à frente vestindo camisa xadrez de flanela, calça jeans rasgada e tênis surrados. O básico entra na moda e minimalismo é o grito de guerra contra os exageros dos anos 1980. A globalização se reflete na moda fragmentada das tribos das ruas (streetwear): dos esportistas, dos grupos de música de periferia, dos nerds do Vale do Silício, dos clubbers e da moda-brechó. A boa forma pede malhação dentro e fora das academias. A individualidade se reforça com os personal trainers, personal stylists, personal computers, telefone celular, TV a cabo e Internet. O mundo é fashion, a indústria do luxo e o fenômeno das grifes conhecem o seu auge. É a era das supermodels de salários milionários: Linda Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford. As italianas passam a reinar entre os chamados emergentes (para citar um termo da época) e criam novos objetos de desejo, principalmente acessórios: Versace, Gucci, Prada

ANOS 2000: a década das celebridades – A moda é ser celebridade: o que pode dar em vulgaridade. Nada chic.


Depois de uma era minimalista e de roupas unissex, as mulheres voltam a investir em produções elegantes que realçam a feminilidade. Sapatos e seus designers ganham uma atenção extra, como Manolo Blahnik e Christian Louboutin, constantemente citados no seriado “Sex and the City”. A moda introduz o conceito de customização, de roupa exclusiva feita com as próprias mãos. A beleza passa a ser construída com silicone, Botox, preenchimentos, lipos, cirurgias reparadoras (e não apenas com roupas de malhação). É a popularização da ideia de interferir no corpo por meio de cirurgias e implantes.

http://pt.fashionmag.com/news/No-tunel-do-tempo-por-Gloria-Kallil,3...

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