Nova onda do Varejo, Live Commerce vive versão Beta no Brasil

Nova onda do varejo, live commerce vive versão beta no Brasil

Tendência aparece em apps de grandes marcas, como Riachuelo, Arezzo, Americanas, Dengo, Chilli Beans e Casas Bahia

Por Felipe Constâncio

Está chegando ao Brasil a nova promessa do varejo: o live commerce. Se você ainda não viu, é porque essa nova onda vive sua versão beta. Na China, onde a prática já soma mais de 10 milhões de transmissões ao vivo e 50 bilhões de visualizações, a estimativa do Ministério do Comércio do País é que 20 milhões de produtos tenham sido vendidos no primeiro semestre de 2020 com o apelo estilo do antigo programa ‘Shoptime’.

“O live commerce é a união da transmissão em vídeo ao vivo e interatividade e e-commerce dentro de um mesmo ambiente. A ideia é conseguir que os próprios donos das lojas tragam a venda atrelada a entretenimento. É como trazer o ‘Shoptime’ da TV para os apps. É o que acontece na China hoje, onde as lojas estão contratando atrizes e atores para fazer lives”, explica Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces.

Como exemplo, Nogueira explica que é como se uma loja de computadores colocasse alguém para fazer o review de um dispositivo chamando para a ativação de compra incluindo um botão para tanto. “As lojas Americanas já estão fazendo isso. Olharam para fora e puxaram com famosos e um alto nível de produção para popularizar isso aos vendedores. Agora, ela faz de acordo com o nível de reputação da empresa”, explica o especialista, enfatizando que o mercado brasileiro está na fase inicial dessa nova forma de venda no e-commerce.

Ainda que em uma fase beta, diversas marcas estão experimentando a abordagem de vendas, como RiachueloArezzoDengo e Chilli Beans. A Casas Bahia, por exemplo, fez uma transmissão do tipo pela primeira vez em seu app neste mês, com divulgações de produtos e finalização da compra pelo WhatsApp, em uma omnicanalidade integrada. A empresa agora está programando lives comerciais semanais.

Nogueira ressalta que a importância de uma comunicação interativa e com notificações entre o apresentador e os consumidores no live commerce, incluindo com alguém que acabou de comprar, um espectador que enviou likes, entre outras ações.

“Com o live commerce, o lojista consegue apresentar e vender produtos em um único ambiente totalmente gamificado. O Brasil ainda está avançando nessa modalidade, já que, diferente da China que concentra tudo em uma única plataforma, aqui ainda temos que usar mais de um recurso, a plataforma de transmissão ao vivo é um canal, mas ainda precisamos realizar a conclusão da compra em outro local, geralmente no app da empresa.”

Cuidados e dicas

Nogueira lista alguns cuidados e dicas para ajudar lojistas que queiram experimentar essa tendência para turbinar vendas pela internet.

Defina a finalidade e prepare a live: Nogueira reforça que o live commerce pode colaborar para o reconhecimento de marca, lançamento de produto ou vendas no geral. Para que essa ação tenha sucesso, é preciso organizar um roteiro, atentar-se para um cenário, equipe de gravação e de backstage, apresentador(a) e a possibilidade de interação com os consumidores. “O segredo é despertar no consumidor uma necessidade de compra que, muitas vezes, ele nem sabia que tinha. Uma dica é usar o live commerce para mostrar o produto na prática, suas formas de uso e diferenciais, além de falar sobre seus benefícios e o problema que ele resolve.”

Integre seus canais: Na China, as lives acontecem integralmente dentro de uma única plataforma, que tem todos os recursos (vídeo, interação e compra). No Brasil, a realidade ainda não é essa, mas há uma tendência. A dica é começar pelo básico e transmitir os vídeos no Instagram, no Facebook e no YouTube instruindo os consumidores para finalizarem a compra no e-commerce ou no app. Também é possível usar um QR Code, para facilitar o acesso aos produtos.

Fique de olho na audiência: É preciso ter pessoas para assistir à venda. Nesta modalidade, o apresentador pode muito bem engajar sua audiência contando histórias, descontraindo e mostrando o produto – algo contratante ao e-commerce tradicional, que segue um padrão estático, sem interações. Também vale criar a partir de gatilhos emocionais, seja de motivação, escassez ou datas comemorativas.

Trabalhe na qualidade: Nogueira conta que a grande preocupação dos canais de venda em não liberar o recurso de live commerce para todo mundo é justamente a qualidade. Não é preciso uma super produção, mas é fundamental que as aparências não comprometam a credibilidade e a imagem do produto oferecido, lembra o consultor. “Eles querem passar segurança no marketplace. Logo, o profissionalismo no modo de falar também é fundamental. Não que a pessoa precise de um português impecável — não é isso —, mas as chances de comprar um produto de R$ 300 diminuem se a pessoa não está com uma apresentação legal e uma fala fluída.”

Fonte: Consumidor Moderno

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