Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Novas ações complicam situação da Daslu, e podem quebrar a empresa

Se situação da Daslu não for resolvida, executivos deixarão a empresa, afirma executivo contratado para reestruturar o antigo “Templo do Luxo”

SÃO PAULO – Depois de receber pedidos de despejos por falta de pagamentos nos endereços em que atuava, a Daslu afirma que está batalhando para retomar as atividades sem ônus para as fornecedoras e locatárias. Mas não vai ser nada fácil.

Com dívidas de mais de R$ 90 milhões, a marca contratou, em dezembro de 2015, o executivo Elizeu Lima para reestruturar as operações e regularizar a situação por meio de negociações entre todas as partes. Lima tem passagem por empresas como Lojas Americanas e H.Stern, em mais de 30 anos de experiência, e afirmou ao InfoMoney que está empenhado em fazer a sua parte.

Na terça-­feira desta semana, a Moda Brasil Participações, que hoje controla a Daslu, recebeu uma ação cautelar por parte da Helotes Empreendimentos e Participações contestando a realização da Assembleia Geral da Daslu realizada pela companhia e requerendo o afastamento dos atuais administradores da Daslu “até o julgamento final da demanda”, documento ao qual o InfoMoney teve acesso.

“Hoje, isso está inviabilizando a manutenção da companhia”, afirmou Elizeu. A partir daí, o advogado da Moda Brasil entrou com uma contra liminar, que deve ser julgada nesta sexta­feira ou na próxima segunda­feira, para derrubar a primeira medida cautelar. “Não houve nenhum motivo jurídico lógico para a Helotes entrar com a ação, de acordo com o que me disseram os advogados”, defendeu o executivo.

Adicionalmente, a Moda Brasil prepara peças processuais de notícia crime contra os administradores e sócios anteriores da Moda brasil e da Daslu – a LAEP Investimentos ­ junto ao Ministério Público Federal (MPF), noticiando vários indícios de crimes de gestão até o ano passado.

De acordo com uma medida cautelar em nome da Moda Brasil, a administração anterior criou as dívidas atuais da Daslu: “observa­se que a empresa saiu de um endividamento igual a ZERO, passando a um endividamento para mais R$94.000.000,00 ( NOVENTA E QUATRO MILHÕES DE REAIS), devido a péssima gestão e gerenciamento de recursos”, diz o documento, que também chegou ao conhecimento do InfoMoney.

Em 2014, a marca vendeu R$ 92 milhões brutos, e teve, “só em despesas administrativas” gastos de R$ 21 milhões, número que o executivo espera que se repita, proporcionalmente, em 2015 – os dados ainda não estão fechados. “Nenhuma rede de varejo suporta esse peso”, comenta.

“Se isso [a batalha judicial] não for resolvido rapidamente, os executivos vão deixar a empresa, e a Daslu nesse cenário fecha em dez dias por falta de administração”, garantiu Elizeu, na entrevista por telefone. Ele mesmo demonstra dúvidas sobre continuar ou não prestando consultoria à empresa. “Tenho contato com os sócios como consultor, reestruturando lojas e marca e é nisso que trabalho, mas estou avaliando se continuo com este trabalho. Tudo vai depender do desenrolar dessa situação”.

Negociações na Europa e novo formato

De acordo com Elizeu, as pendências de pagamentos da Daslu, tanto com relação às lojas como aos fornecedores, já estão praticamente resolvidas ou encaminhando-­se para tal. “Atrasos de salários e de pagamentos foram quitados, os canais de relacionamento com fornecedores, reestabelecidos, e estamos em negociações para reestruturar todas as lojas”, comenta.

Com 200 metros quadrados, as futuras lojas reestruturadas devem ter 20 ou 30 metros quadrados destinados exclusivamente a “marcas europeias de qualidade que querem vir ao Brasil”, as quais o executivo não pôde divulgar ainda.

Ele reforçou que a expansão será feita por meio de franquias, “que é a melhor forma de negócio que temos hoje” e que a qualidade dos produtos não mudará. “A marca tem tudo para crescer e fazer sucesso, principalmente fora de São Paulo”, acredita ele, que lamentaria caso as questões jurídicas não fossem resolvidas “sem stress”: “a Daslu tem muito potencial, e que seria muito triste perder um ativo deste nível, mas depende do desenrolar”, conclui

FONTE:http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/46565...

Por Paula Zogbi 

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esta porcaria ainda existe? se fosse de um micro empresario ja estaria fechada e o dono na cadeia, depois de todos os crimes cometidos contra a receita

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