Estudo apresentado pela Comtextil apresenta tendências para o futuro do setor
Ariett Gouveia, Agência Indusnet Fiesp
Com base na evolução histórica das fibras têxteis no Brasil e em outros países, e em dados estatísticos, um estudo apresentado nesta terça-feira (21/05), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), indicou novos caminhos para a indústria do setor.
Os dados foram apresentados na reunião da Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil) da entidade.
Paulo dos Anjos, integrante do Comtextil, mostrou que nas últimas décadas houve um aumento significativo da produção de fios sintéticos e, consequentemente, redução do uso de fios naturais como lã e algodão.
“A partir dos anos 80 e 90, houve uma grande evolução na área de filamentos contínuos. Com a microfibra e os novos acabamentos que surgiram, conseguimos substituir alguns tecidos”, explicou.
“Hoje, em vez das pessoas usarem um casaco de lã, que é pesado, elas vestem algo com tecido que tem tratamento antivento, protege da água, mantém temperatura e ainda é leve, fácil de transportar e pode ser colocado sobre outras roupas.”
De acordo com o estudo, a produção de fibras, tanto naturais quanto sintéticas, e a indústria têxtil como um todo passarão por mudanças para atender às demandas do consumidor por praticidade e conforto.
“Tecidos e malhas vão ter que ser mais leves e teremos que afinar fibras e fios. Vamos combinar novas propriedades, como tratamentos bactericidas, fibras antisujeira e corta-vento e proteção a raios solares, além da aproximação com a indústria eletrônica e informática para incluir chips que interagem com o corpo e com o meio ambiente. Também temos que repensar em novas soluções na confecção“, conclui dos Anjos.
Competitividade
Na mesma reunião, foi apresentado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) o estudo
“Competitividade da Indústria no Brasil e em outros países”.
Por meio de um comparativo de indicadores como tributação, infraestrutura e logística, serviços com funcionários e non tradables do Brasil e países parceiros, desenvolvidos e emergentes, a análise mostra o peso do custo Brasil na diferença de preços no mercado interno de produtos nacionais e importados.
“Já sabemos a causa e o efeito da nossa competitividade. Agora temos que procurar a saída”, propôs o coordenador do Comtextil, Elias Miguel Haddad.
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