Entre aulas e provas, os estudantes Luiz Otávio e Caroline Vaneli se encontravam quase todos os dias na biblioteca da faculdade. O casal, rodeado por livros, não imaginava que, depois de 15 anos, comandaria três empresas próprias, um casamento e dois filhos.
O amor que surgiu nos corredores do SENAI Cetiqt se expandiu para a família, para o empreendedorismo, para os tecidos, as linhas e as roupas. Hoje, a designer de moda e o engenheiro têxtil são donos da Atual Têxtil, Soul Text e CVL Moda & Praia, onde dividem a expertise para comandar uma cadeia de produção completa.
A empresa caçula é a CVL, inaugurada em 2020. A marca aposta em estampas exclusivas e tecnologia de tecidos com proteção solar. As dificuldades surgiram com a pandemia, mas o casal persistiu.
“Assim como todas as empresas, tivemos que parar um tempo e ficamos quase quatro meses sem poder produzir. Somos muito unidos, choramos e conquistamos juntos, estamos investindo na marca aos poucos”, conta Carol.
A última aventura do casal quer um pedaço de um mercado em ascensão. Um levantamento da Google projeta um aumento expressivo no consumo de roupas fitness em 2021: as vendas pela internet devem crescer 12%.
Essa história de amor e sucesso contou com uma forcinha do SENAI, a ponto de Carol e Luiz ganharem o apelido de casal Cetiqt. A faculdade foi o primeiro ponto da costura entre a vida pessoal e a profissional dos dois. Para a designer, o SENAI faz parte da essência de ambos e foi onde diversas portas se abriram para a vidas profissional de cada um.
“Eu me formei um ano antes dele, em 2009. Costumo dizer que não apenas nossas profissões se completam, mas a gente também. É ele que me puxa para a realidade quando estou voando”, conta a designer.
Entre a formatura e a abertura dos negócios, teve Santa Catarina, onde Luiz conseguiu um emprego e Carol foi aprovada em um programa de trainee.
“Foi quando começamos a trabalhar em empresas têxtis e, algum tempo depois, comecei a fazer minha própria consultoria para alguns clientes”, explica Carol.
Com o aumento de demanda e produção para diversas empresas, o casal decidiu abrir sua própria fábrica de tecidos, a Atual Têxtil, em 2013. A empresa cuida desde a importação do fio, a tecelagem, a vermifugação, a consultoria, a coloração de tecidos crus ou tingidos. A Atual tem clientes dentro e fora do Brasil.
Enquanto o marido cuida da parte de preparação do tecido, a designer fica responsável pela pesquisa e desenvolvimento do produto e por identificar as tendências.
“É um casamento de profissões perfeito. A maior dificuldade que as empresas têm é conseguir a matéria prima. A gente já faz nosso próprios tecidos e estampas, então por que não abrir uma empresa de confecção? ", avalia Carol.
A criatividade transbordou para uma nova empresa. Em 2018, o casal abriu a Soul Text, focada na confecção de tecidos para moda casual, fitness e praia. Com ela, vieram parcerias com outras marcas, como o Magazine Luiza e Netshoes, assim como times de futebol e revistas. A empresa desenvolve produtos para os clientes, desde o processo de criação da estampa até a fabricação do tecido.
Com o tecido e o desenho na mão, o terceiro passo da dupla foi abrir a própria coleção. Assim nasceu a CVL, em 2020. “A moda fitness e a moda praia têm ganhando mais espaço, principalmente em Nova Friburgo, cidade que moramos atualmente. Vimos uma oportunidade de abrir nossa própria marca”, diz Carol.
A pandemia testou a força de uma empresa tão nova – foram quatro meses com a produção parada, enfrentando falta de matéria-prima, aumento do dólar e dificuldades de logística. “A gente pensou em desistir. O que nos segurou foram os parceiros, que já tinham feito pedidos”, lembra.
Como tantos empreendedores brasileiros, Carol e Luiz veem na vacina a injeção de fôlego que falta para retomar os negócios. Apesar de tudo, os dois, juntos há dez anos e pais de Arthur e Gabriel, são otimistas. “Choramos juntos. Conquistamos tudo isso um dia de cada vez.”
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A pandemia testou a força de uma empresa tão nova – foram quatro meses com a produção parada, enfrentando falta de matéria-prima, aumento do dólar e dificuldades de logística. “A gente pensou em desistir. O que nos segurou foram os parceiros, que já tinham feito pedidos”, lembra.
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