Desfile da marca Água de Coco em março de 2013 na 'ELLE Summer Preview Verão 2014' (Divulgação)
Enquanto muitos brasileiros saem do país para comprar roupas de marcas estrangeiras, a moda praia nacional pode se gabar de ser o único nicho longe de ter concorrentes de peso fora do Brasil. Referência de modelagem e estamparia, o biquíni brasileiro mantém a fama de melhor do mundo e, quando é levemente adaptado ao gosto estrangeiro, entra com facilidade no mercado internacional. Sabendo disso, a marca cearense criada por Liana Thomaz, Água de Coco, se espalhou por uma centena de pontos de vendas pelo mundo.
O negócio, que nasceu em 1985 em Fortaleza, onde possui uma fábrica, se desenvolve em família, com o filho mais velho de Liana, Renato Thomaz, como diretor de marketing, e a filha do meio e estilista, Rebeca Thomaz, na equipe de estilo. Há dez anos na São Paulo Fashion Week (SPFW), a Água de Coco pretende surpreender na edição que se inicia nesta segunda-feira ao apresentar o Brasil como inspiração de uma coleção coroada pela linha de biquínis Joia, feita de peças únicas com pedras preciosas nacionais, que podem custar até 15.000 reais.
Em entrevista ao site de VEJA, Renato Thomaz fala sobre os planos da marca, o diferencial do biquíni brasileiro e o que faz uma moda praia ser ou não luxuosa.
O que podemos esperar do desfile da Água de Coco para esta edição do SPFW? Já faz alguns anos que gostamos de falar de lugares marcantes pelo mundo. No ano passado, homenageamos a Turquia, o que foi uma novidade, porque o país ainda não tinha estourado na novela Salve Jorge, da Globo. Este ano, porém, não buscamos inspiração fora. Vamos falar do Brasil. Nossa marca é genuinamente brasileira. Vamos falar de um Brasil sofisticado, de talentos brasileiros modernos como os irmãos Campana e Burle Marx. Há muita inspiração do paisagismo na coleção, além de um bloco só de folhagens nas estampas.
Como apresentar uma coleção de beachwear sem cair na mesmice dos desfiles de moda praia? Sempre procuramos uma identidade com o consumidor final. Nossos desfiles têm um perfume conceitual, mas é um conceitual aliado aos olhos do mercado. Realmente, na moda praia não temos muito para onde fugir, pois é uma moda de pouco tecido e de muita exposição corporal. Então, o desfile deve servir mais para dar visibilidade à marca.
Como é a aceitação da marca fora do Brasil? É muito boa. Principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Recentemente, abrimos um ponto de venda na 5ª Avenida, em Nova York, e já recebi um relatório avisando que o estoque está esgotado. O biquíni brasileiro ainda é um objeto de desejo mundial. E também estamos bem estruturados fora. Acabamos de fazer uma campanha com a modelo sul-africana Candice Swanepoel, conhecida em todo o mundo como uma das “angels” da marca Victoria's Secret.
Como vocês se estruturam para atender à demanda? Temos um escritório em Nova York e outro na Europa. Esses escritórios têm contato direto com os pontos de vendas, são mais de cem em todo o mundo. Participamos de duas grandes feiras internacionais, uma em Miami em junho e outra em Paris em julho, e levamos até eles a coleção que acabamos de lançar no Brasil. Nessas feiras, passam compradores do mundo inteiro. Nossa exportação representa algo em torno de 15% do faturamento atual da marca.
O biquíni vendido fora é exatamente o mesmo daqui? Não, fazemos algumas adaptações para o exterior. Temos uma modelagem para exportação, com a parte de baixo um pouco maior atrás. A parte de cima geralmente é igual.
Fonte:|http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/o-biquini-brasileiro-...
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