A aparência “em moda” de uma peça de vestuário é uma idéia efêmera, mas o processo de criação é evidência de crescimento, habilidade e cuidado.

Do ponto de vista social, a indústria precisa garantir que todo trabalhador receba pelo menos um salário mínimo, tenha direitos concretos do trabalhador e que seu local de trabalho atenda aos padrões de segurança. Do ponto de vista ambiental, as empresas de vestuário e têxtil precisam voltar a usar fibras naturais e, quando possível, usar tecido que já foi produzido e que não está sendo usado, para impedir que ele vá para o aterro.

Estima-se que meio milhão de tonelada de microplásticos oriundas de roupas de plástico cheguem aos mares todos os anos – ou cerca de 35% dos microplásticos encontrados nos oceanos. Essa quantidade é equivalente a 50 bilhões de garrafas de plástico. Conforme explica o relatório da fundação para economia circular Ellen Macarthur, A New Textile Economy, “nessa tendência atual, a quantidade de microfibras de plástico entrando nos oceanos entre 2015 e 2050 pode chegar em 22 milhões de toneladas – cerca de dois terços da quantidade de fibras de plástico usadas para produzir roupas anualmente” ( artigo Modefica )

É preciso reavaliar seus valores fundamentais, começando pela sustentabilidade. As marcas precisam adotar uma postura: elas precisam usar sua plataforma para educar e inspirar os consumidores a comprar de forma ética e sustentável. À luz da pandemia do COVID-19, bem como da transição da moda do mundo físico para o digital, as conversas foram voltadas para a desaceleração do ciclo de produção. As empresas precisam tomar iniciativa, entendendo o que causou o rápido aumento da produção em massa nas últimas décadas, para não repetir os mesmos padrões de excesso de avanço.

Acender a consciência sobre o ciclo de vida das roupas e como a moda está conectada à natureza, desde o ponto de origem da matéria-prima até o estado de decomposição. Uma nova forma de desenhar o futuro é nos oferecido para fazer roupas que sejam evidências dessa passagem do tempo, unindo-as à natureza usando apenas tecidos naturais, corantes e fechamentos que possam eventualmente se desintegrar.É um compromisso em fazer roupas que contem uma história duradoura, que mantenham a memória de uma peça de roupa e estendam seu ciclo voltando à natureza.

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Imagem: koche (Resort|20)

Janaína Salgado

Janaína Salgado

Janaína é Estilista, Cool Hunter e Técnica Têxtil, Gestora em Negócios da Moda, Color Specialist, e Trend Forecaster. Ama o que faz, e acredita que existe relação entre todas as coisas.

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