Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O desafio da Enjoei: Mostrar que é “mais que uma modinha”

O desafio da Enjoei: mostrar que é “mais que uma modinha”

Plataforma de moda conquistou consumidores e investidores com leveza e um modelo de negócios conectado ao século 21.

Por Graziella Valenti

A plataforma de comércio de moda Enjoei emula como poucas empresas o espírito dos tempos atuais­. Nesta pandemia que trancafiou as pessoas em casa e turbinou negócios digitais, a startup paulistana permite a seus clientes vender roupas e objetos usados que carregam junto um pedacinho da sua história.

Além disso, a empresa tem uma comunicação leve e despojada que não vai nada mal para tempos tão bicudos. Onze anos depois de ter sido criado, a partir de um blog da publicitária Ana Luiza McLaren, o Enjoei estreou na bolsa em novembro, avaliado em 2 bilhões de reais. Desde o debut no pregão, já caiu, subiu, dobrou de valor, caiu de novo e, após a prévia de resultados trimestrais fortes anunciada no início de abril, está 25% acima do ponto de partida, ou seja, vale ­2,5 bilhões de reais.

Além de agora ter de lidar com o sobe e desce natural da bolsa, o Enjoei enfrenta outro desafio: o de mostrar que não é só uma startup bonitinha e que tem potencial para se transformar em uma das maiores plataformas de moda do país. No ano passado, movimentou 500 milhões de reais — o dobro de 2019.

Para ter uma ideia do que esse volume significa em produtos usados, a Farm, uma das maiores marcas da moda brasileira, descolada e moderna, vendeu 614 milhões de reais em 2020. O modelo de negócios do Enjoei, sua gestão moderna e seus números fazem da empresa uma das mais promissoras da bolsa brasileira.

Mas, nesse trajeto, o casal de fundadores, Ana Luiza e Tiê Lima, precisa aculturar os brasileiros — consumidores e empresários da moda — e fazê-los entender a moda através de suas lentes, sem diferença entre o usado e o novo. No Brasil, o Enjoei não tem concorrentes diretos. Mas, na esteira de sua oferta pública inicial, vieram dois outros IPOs nos Estados Unidos, de plataformas com proposta semelhante. A tendência de reverenciar, cuidar e recircular o usado é global. A maior entre elas, a Poshmark, é avaliada em 3 bilhões de dólares na Nasdaq.

A menor, a ThredUP, estreou na bolsa americana em março e vale 1,6 bilhão de dólares. Todas, inclusive o Enjoei, veem largas avenidas para atuar no mercado de produtos novos, com especial destaque para o pequeno varejo, cheio de estilo, nesse setor tão pulverizado.

De igual e curioso entre elas há a data de fundação. O Enjoei nasceu blog em 2009 e virou empresa em 2012, depois de Tiê Lima ter decidido deixar o emprego como executivo do Grupo Abril, onde procurava ativos digitais para aquisição, ao concluir que o que havia de mais animador e excitante na internet estava dentro de sua própria casa. Depois de avisar Ana Luiza pelo telefone, fez as contas e perguntou se ela achava possível vender 23 peças por dia, o necessário para pagar a operação.

Fonte: Exame

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