Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O design por trás dos uniformes das seleções da Copa de 2014

Confira a moda, tecnologia e inspirações presentes nas roupas das seleções de futebol que jogarão no Brasil durante o torneio

Jogador Luiz Gustavo com o uniforme da Seleção Brasileira de Futebol, para a Copa de 2014

Uniforme do Brasil para a Copa veio mais simples e despojado

Camisa de Portugal para a Copa do Mundo de 2014

Energia, velocidade, entusiasmo e vibração são palavras que fazem parte do conceito da camisa de Portugal

São Paulo – Bonito, feio, estranho, moderno, clássico. Muitos dos adjetivos possíveis para qualificar o uniforme de um time de futebol estão ligados aos aspectos visuais. Mas o design dessas roupas vai muito além.

Assim como os estilistas da São Paulo Fashion Week trabalham com tecnologia, tecidos, referências, inspirações e cores, em seus desfiles, as marcas que fabricam os uniformes das seleções participantes da Copa do Mundo também se preocupam com isso.

“Inúmeros fatores são considerados para chegar ao modelo final, ainda mais em um ano tão importante como 2014”, afirma Alexandre Alfredo, diretor de comunicação da Nike do Brasil, empresa que criou o traje de 10 seleções, inclusive a do Brasil, para esta Copa.

A camisa da seleção brasileira foi pensada a partir de uma grande pesquisa com torcedores, consumidores e jovens jogadores, que deram pistas sobre a expectativa do público em relação à peça.

A ideia seria traduzir no uniforme a cultura e a alma do povo. A gola em "Y" foi feita para atender os pedidos dos atletas de manter a blusa aberta e para passar a ideia de simplicidade e estilo despojado do brasileiro. Como a equipe dispensa apresentações, o nome "Brasil" foi retirado da parte inferior do escudo, que também veio maior e com costura em ouro metálico.

Do lado de dentro, próximo à nuca, o designer carioca Bruno Big adicionou a arte brasileira à camisa, com o desenho de um canarinho. Além disso, as letras usadas nos nomes dos jogadores e números receberam a influência de placas e pôsteres de rua.

O resultado agradou tanto que o conjunto tupiniquim foi eleito o mais belo do torneio, em ranking publicado pelo site Mashable, neste mês. 

A concorrente Adidas, criadora dos uniformes de oito seleções nesta Copa, realizou um processo criativo semelhante ao da Nike. A marca realizou entrevistas com crianças e jovens, para descobrir os aspectos que os deixam orgulhosos de seus países. Esse sentimento pela nação foi traduzido para as peças.

Não foi à toa que o uniforme da Espanha, feito pela Adidas, ficou em segundo na lista do site americano. De acordo com a marca, o vermelho representa a união espanhola e o dourado é a “Era de Ouro” pela qual o futebol do país passa atualmente.

Tecnologia para o design

Não é apenas a estética que manda no design dos uniformes. As principais empresas por trás das roupas usadas pelas seleções usam a tecnologia para garantir o melhor desempenho possível dos jogadores.

A Puma, que lançou conjuntos de oito equipes, desenhou a coleção com o novo sistema PWR ACTV, que usa as técnicas de fita atlética e de compressão dentro do tecido.

A ideia é que a roupa faça “micro massagens” em pontos estratégicos da pele, ajudando na performance, velocidade e ativação dos músculos. Nas axilas, malhas foram inseridas para facilitar os movimentos e deixar a pele respirar.

A Adidas também se preocupou com a ventilação, além da beleza dos uniformes. A tecnologia usada se chama Adizero e criou os mais leves tecidos já fabricados pela empresa. Os calções também receberam atenção especial, ao serem feitos com um material que tem melhor desempenho no arejamento da área do corpo.

Com a responsabilidade de fazer o traje da seleção anfitriã, a Nike, por sua vez, não deixou por menos.

Para o uniforme brasileiro de 2014, foram feitos estudos que identificaram as regiões do corpo dos jogadores com maior tensão durante os jogos, decorrente da força que os atletas fazem.

Segundo a marca, as partes das roupas que cobrem essas regiões (principalmente peito, ombros e pernas) receberam mais resistência e elasticidade, para aumentar a mobilidade e conforto.

A camisa do Brasil também traz a tecnologia Dri-Fit, que extrai o suor do corpo, evaporando mais rápido, e as áreas de maior aquecimento são cobertas por tecido de maior ventilação, com furos cortados a laser desde as axilas até o quadril.

E como fazer tudo isso para jogadores de diferentes portes? Para garantir que o modelo slim-fit (mais justo ao corpo) sirva de Neymar a Hulk, os designers da marca usaram tecnologia 3-D de escaneamento corporal, fazendo uma leitura completa da anatomia corporal de cada um.

Ao saber das medidas de cada um, foi possível fazer um uniforme adaptado ao corpo, que poderá dar um movimento natural e, sobretudo, ajude a equipe a conquistar o tão sonhado hexacampeonato.

http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/o-design-por-tras...

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