Presidente Dilma Rousseff não dispensa brincos e colares e varia nas cores de suas roupas
SÃO PAULO - O que vestir para comandar é um dilema comum entre mulheres que chegam ao poder. Presidentes, primeiras-ministras ou grandes executivas sabem que o figurino é parte do discurso que elas proferem ao mundo – por isso, todo o cuidado com o que se veste é pouco. Uma escorregada e lá se vai a imagem que se quer passar, de autoridade, credibilidade, por água abaixo.
O desafio, no entanto, é passar profissionalismo, competência e outros atributos sem abrir mão da feminilidade. Afinal, mulheres no poder não precisam (felizmente) parecerem homens. Ternos e tailleurs são os uniformes básicos, mas não devem ser monótonos.
A chefe do FMI, Christine Lagarde, por exemplo, está sempre impecável em seu uniforme de trabalho. Elegante por natureza, ela poderia, no entanto, ficar um pouco mais feminina. Acrescentar outras cores, mesmo que nos acessórios, por exemplo, já ajudaria a dar graça ao visual. Trocar o azul-marinho pelo vinho ou o ferrugem, por exemplo, dá um “up” na aparência.
A presidente Dilma Rousseff não dispensa brincos e colares e varia nas cores de suas roupas, o que é bem-vindo. Junto com a primeira-ministra Angela Merkel, ela deve tomar cuidado com o corte de seu blazer. Formas quadradas demais não desenham a silhueta e deixam o tronco mais largo.
Um corte acinturado, mesmo que de leve, deixa o corpo mais harmônico. Tanto para Angela quanto para Dilma, as combinações monocromáticas (mesma cor no blazer e na saia, por exemplo) são mais favoráveis, pois alongam o corpo. E para todas essas mulheres poderosas, sapatos de saltos médios são indispensáveis, pois acertam a postura e dão elegância ao conjunto.
Na realeza, o mais novo ícone fashion, Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, teve de aderir, por conta de sua posição, às meias cor da pele – acessório normalmente abominado pelas mulheres de sua idade, mais afeitas às meias escuras, coloridas ou com padronagens. Mas sem poder mostrar demais as pernas, por conta de sua posição, o jeito foi cobri-las com meias “old fashion”.
Dizem os especialistas em moda que a duquesa é tão admirada que o uso do acessório já começa a ser imitado pelas mulheres “modernosas” da Inglaterra. Mas nenhuma outra monarca foi tão afeita à moda – e a demonstrar poder e luxo por meio do vestuário – como Maria Antonieta, esposa de Luís XVI.
Durante o seu reinado, que durou de 1774 a 1789, Maria Antonieta gastou rios de dinheiro francês em vestidos dos mais requintados, criados pela costureira Rose Bertin – que chegavam a ser bordados com safiras e outras pedras preciosas. Também imortalizou um tipo de cabelo monumental, chamado de “pouf”. O penteado consistia numa armação feita de arame, tecido, gaze, crina de cavalo, farinha, cabelos falsos e os cabelos naturais da mulher em questão.
Disseminado por Maria Antonieta, o “pouf” adornou a cabeça das mulheres da corte, resumindo toda a extravagância da realeza e só poderia dar onde deu: na Revolução Francesa. No caso de Maria Antonieta e sua corte, o exagero no figurino poderoso contribuiu para a sua sentença de morte.
Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1140252/o-figurino-do-poder-credib...
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