Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A história de Rita Tardin é diferente da grande parte das mulheres que se tornaram empresárias da moda íntima em Nova Friburgo. Ela não é oriunda de nenhuma grande fábrica do ramo, nem ao menos entendia do assunto, quando resolveu dar uma guinada em sua vida e se dedicar à confecção.

Rita trabalhava no comércio quando, segundo ela, uma inspiração divina a levou a ousar e, com muita coragem, persistência e sacrifício, iniciou uma nova carreira, felizmente, bem-sucedida. 

"Eu não tinha um centavo e nenhum conhecimento na área. Mas resolvi encarar o desafio. Eu tinha que aprender. E aí, comprava peças já prontas, de boa qualidade, desmanchava e ia vendo os detalhes, fazendo os moldes. Eu cortava e minha mãe costurava. Éramos só nós duas trabalhando no que se chama fundo de quintal, ou melhor, no nosso caso, porão da casa. Trabalhávamos de forma artesanal, produzíamos, distribuíamos cartõezinhos de contato, vendíamos, ou seja, fazíamos tudo. Começamos sem dinheiro e aí, é como se diz, vendíamos o almoço para comprar a janta”, relata a empresária. 

A virada se deu quando ela resolveu participar da Fevest. Isso em 1998. Rita conta que a feira mudou o seu modo de ver o negócio. 

"Na minha primeira Fevest levei algumas peças bem simples, mas logo percebi que o mercado exigia mais. A Fevest, na verdade, me deu um norte. Passei a conhecer melhor o mercado, a sentir o que as pessoas queriam, a ouvir os clientes, inclusive os que ainda não estão fidelizados. E isso é muito importante. Foi a partir daí que comecei a dar uma cara ao produto, não só como eu queria, mas do jeito que o cliente esperava. Optei pelo sensual fashion.” 

Dona da Tardene Lingerie, Rita ressalta a importância de se participar de eventos voltados para o setor, destacando – por experiência própria – o crescimento profissional adquirido com eles. 

"É uma grande oportunidade de se conhecer diferentes perfis e opiniões. Não podemos ir engessados para esses eventos. Sempre fui com a cabeça aberta e garanto que isso está sendo muito bom. Não podemos ter medo de participar, de mostrar nossos produtos”, aconselha Rita. "Gosto muito dessas feiras, principalmente da Fevest, que é bem focada no setor, sendo uma grande oportunidade para nós. É um evento super positivo.” 



A democratização do evento

Um dos pontos implantado na Fevest do ano passado e que vem recebendo muitos elogios é a padronização dos stands, resultando na democratização do evento. Esta é a opinião de vários confeccionistas, como Alexandre Rangel. Funcionário de uma multinacional por nove anos, ele aprendeu muito sobre vendas e marketing durante este período e, quando percebeu que não tinha mais como subir na empresa, resolveu seguir novo caminho: o da moda íntima. Depois de três anos de "estágio” – como Alexandre define um período com um sócio, quando passou a conhecer os meandros do setor – ele abriu sua própria confecção, a Ryjor, voltada para a moda íntima masculina e, agora, se expandindo para a linha feminina.

"Estou há dez anos no setor, mas minha empresa tem sete anos. A feira foi muito importante para mim, inclusive quando eu me formalizei”, revela ele."A padronização dos stands foi muito importante, porque o luxo não fica mais para os espaços e sim para as peças. O foco é no produto. Com isso, tanto as empresas grandes como as menores tem oportunidades iguais, a gente está no mesmo barco”, afirma o empresário. 

As sócias Fernanda Vanzillotta Verbicário e Marina Nunes de Carvalho Rocha, proprietárias da Madame Poá, compartilham da opinião de Alexandre. Elas elogiam a decisão da organização da Fevest de padronizar os stands. "Para nós que ainda somos pequenas está sendo muito positivo, já que as pessoas passam a visitar os stands não pelo luxo, mas pela qualidade dos produtos”, diz Marina, que entrou na sociedade há dois anos. "Com isso não precisamos ficar nos preocupando com a decoração do espaço, o foco é todo no produto. Este ano, por exemplo, já estávamos com tudo pronto há quinze dias, coleção, brindes, catálogo. A Fevest é um evento muito bom, não só para nós mas para a cidade também”, ressalta.

"O retorno deste formato foi uma ótima decisão. Ano passado as pessoas vieram, gostaram e agora estão voltando”, diz Fernanda, que fundou a empresa há cinco anos. "Temos três clientes que nem conseguiram vaga em hotel. Estão todos cheios”, ressalta Marina.

Fernanda lembra ainda de outro fator importante: a ótima divulgação da Fevest, que tem trazido muitos visitantes a Nova Friburgo e dado uma grande visibilidade ao evento. "Todos os clientes reconhecem a importância dessa feira e a nossa expectativa para este ano é excelente”, complementa. 




Rita Tardin: “Na minha primeira Fevest levei algumas peças bem simples, mas logo percebi que o mercado exigia mais. A Fevest, na verdade, me deu um norte”



As sócias Fernanda Vanzillotta Verbicário e Marina Nunes de Carvalho Rocha: “O retorno deste formato foi uma ótima decisão. Ano passado as pessoas vieram, gostaram e agora estão retornando”

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