Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O novo Christian Dior

Dos mais esperados da estação, o desfile da Christian Dior de Primavera/Verão de 2017, marcou uma nova fase da icônica Maison. Após temporadas incertas, com a saída de Raf Simons após 2 anos ao leme da grife, Maria Grazia Chiuri, ex Valentino – onde, em duo com Pierpaolo Piccioli, fez da marca um sucesso – estreou como diretora criativa. Primeira mulher da história a ocupar tal cargo – portanto uma revolução – ela quis, antes de tudo, trazer para a marca atualidade, rejuvenescendo as propostas, certas para as novas “millenials”, deixando a dramaticidade de criações de designers anteriores de lado. Importante: o line-up veio recheado de peças desejáveis com atitude elegante e sem complicações, com ênfase nos acessórios que certamente serão hit. ( vou mostrar mais no post seguinte).

– A primeira parte do desfile foi branco total. A inspiração: a esgrima. “É um esporte que necessita tanto da excelência do movimento, quanto da emoção” disse ela. E os uniformes são iguais para homens e mulheres. Maneira de Maria Grazia de aludir ao papel da mulher na sociedade contemporânea e ao gênero “gender fluid” da moda da atualidade;

– A perfeição e qualidade do corte e modelagem para peças tão corriqueiras quanto um jeans e uma regata. Tudo com a grife Christian Dior;

– Macaquinho de crepe com gola de laço. Reparem nas alças e cós com a inscrição Christian Dior aparente como se fosse um simples e popular “underwear”. Saia de tule rebordada lembra o trabalho de Chiuri na Valentino. Botas tipo de esgrima de couro ultra macio, cano alto;

– Jeans branco, quase boyfriend, com top de tule “point-d’esprit” e rendas. Sandália de tiras largas. Tudo muito “easy wear”;

– A famosa jaqueta “Bar” de Monsieur Christian Dior foi interpretada de maneira bem “light” e usável, sem tanta dramaticidade, com o volume dos quadris proporcionado pelos bolsos. Associada a saia de tule com pequenos babados e botas de esgrima, a atitude é jovem e “cool”.

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