Todos sabemos que, para ter o sucesso de uma coleção, é necessário um trabalho imenso antes de lançá-la. Esse trabalho envolve várias pessoas e departamentos, e muito planejamento e suor são necessários para que nossos clientes tenham o desejo de usar nossas marcas. Mas, para que isso aconteça, é imprescindível que o produto esteja na hora certa ao alcance deles.
Nesse momento é que analisamos o papel do PPCP dentro desse cenário. Como sabemos, o PPCP é o local onde todas as informações são tabuladas, analisadas e passadas adiante. Dessa forma, um dos primeiros passos que a equipe de criação necessita para a elaboração de uma nova coleção é a análise do que temos de estoque de matéria-prima, ou seja, estar com o almoxarifado catalogado e controlado é extremamente importante, pois é onde essas informações serão coletadas.
Em um trabalho conjunto com o pessoal de criação, é necessária a criação de cronogramas em que serão definidas as datas das principais atividades a ser desenvolvidas, que vão desde a entrega de desenhos, passando pela modelagem, piloto, prova, ajuste, mostruário e todas as etapas da produção.
Para ser possível um cronograma mais assertivo às etapas de produção, é necessário que os profissionais do PPCP tenham em mãos informações básicas, tais como:
· Previsão de vendas por produto;
· Dados técnicos dos produtos;
· Estoques existentes;
· Fluxograma do produto;
· Tabela de desperdício das máquinas;
· Quantidade de máquinas e fusos;
· Limites de velocidade das máquinas;
· Limites de eficiência das máquinas por produto;
· Horas disponíveis por máquina;
· Capacidade produtiva por máquina;
· Tempos-padrão por operação;
· Tempos de preparação.
Esse cronograma podemos chamar de Plano Mestre de Produção (PMP, do inglês Master Production Schedule – MPS), ou seja, um documento que diz quais itens serão produzidos e quando cada um será produzido, em determinado período. Geralmente, esse período cobre algumas poucas semanas, podendo chegar de seis meses a um ano, analisando e planejando cada etapa do processo tendo como parâmetro:
· Planejamento da Fábrica: a sequência de tarefas é planejada em unidades de processo, e a relação espacial entre os locais de trabalho é planificada.
· Planejamento do Processo: é escolhida a forma inicial do material para cada componente; cada processo definido no planejamento da fábrica é então analisado novamente e é planejada a divisão de operações. Também nesse nível é feita a escolha do maquinário e dos equipamentos necessários e é planejado o layout para cada departamento.
· Planejamento de Operações: cada operação pensada durante o Planejamento do Processo é considerada individualmente e sua divisão final em elementos é definida. Ao mesmo tempo, são feitos planos para o ferramental especial necessário para completar cada operação e para o layout das diferentes máquinas e equipamentos que compõem cada centro produtivo.
A elaboração desse PMP faz com que o PPCP comece a dar forma às atividades e atitudes para sua execução. Como vimos, vários setores estão integrados, e envolver seus colaboradores com os prazos e metas é fundamental. Fazer o acompanhamento para que todos os setores envolvidos possam realizá-lo dentro do que foi planejado é a diferença entre o sucesso ou não do cumprimento das datas.
O PPCP é um “centro transformador de informações”, recebe “Lista de Materiais”, “Lista de Operações”, “Previsão de Vendas”, e as transforma em “Programas de Produção”, “Ordens de Fabricação e de Montagem” etc., enviando essas informações aos departamentos da fábrica.
Rubens Nunes é consultor de gestão industrial há mais de 20 anos e sócio da Megatech Consultoria.
contato@megatechconsult.com.br
http://www.costuraperfeita.com.br/edicao/30/materia/ranking.html
Tags:
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por