Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O que esperar de 2014? ( “Indicadores de Varejo e Produção do Setor de Vestuário do Brasil”.)

Ao que tudo indica, 2014 deverá ser parecido com 2013 para as vendas de vestuário, ou seja, um ano de sobe-e-desce no consumo, porém com pequeno crescimento em volume, avalia Marcelo Prado, diretor do IEMI – Inteligência de Mercado, que elabora os “Indicadores de Varejo e Produção do Setor de Vestuário do Brasil”.
“O consumo em 2013 começou bem, em seguida caiu – agravado pela Copa das Confederações (com feriados nos dias dos jogos do Brasil) e pelas manifestações de junho, cresceu de novo com o Inverno a partir de julho-agosto (o que puxou as vendas no varejo no início do segundo semestre), mas logo declinou novamente”. Diante desse quadro, o volume de peças produzido pelas confecções em 2013 não só não deverá crescer, como também deve ser um pouco inferior ao de 2012, podendo chegar a 3% negativos. Em valores nominais, porém, a expectativa é de que o setor produtivo finalize o ano com alta de 4% (ou seja, está produzindo menos, porém faturando mais). Já o comércio varejista pode encerrar 2013 com alta de 9,6% em valores e 3,5% em volume de peças.
Prado ressalta que a queda na produção de vestuário prevista para 2013 não ocorrerá de forma generalizada para todas as indústrias de confecção. “As empresas maiores vêm promovendo uma série de ações para ter bons resultados: estão trabalhando de forma agressiva, mais voltadas para o mercado, com estratégias de suprimentos diferenciadas e investindo em multicanais de distribuição”, coloca. Já as menores, para serem bem-sucedidas, vão ter de encontrar nichos onde possam se especializar, oferecer diferenciais de produção, buscar uma identidade para sua marca e não competir por preço, analisa.
O diretor do IEMI não credita o mau desempenho das confecções à concorrência dos importados, ainda que a expectativa para 2013 seja de que a importação cresça 4,5% em relação a 2012 e a participação dos importados no consumo interno chegue a 11,4%.“Apesar dos dissídios salariais terem sido bons durante o ano, o consumo desaqueceu, o consumidor está mais comedido nas compras, de olho no futuro”, diz ele. Esse cenário reflete o desempenho geral da economia e do PIB brasileiro, que em 2013 vai crescer menos que o previsto inicialmente. Ou seja, o mercado não está ‘puxando’ o consumo. “Vivemos uma fase de grande calmaria”, completa Prado.
E 2014 não vai ser muito diferente. A Copa do Mundo, por exemplo, tende a ser um período não favorável para vendas em geral, salvo para algumas categorias de produtos mais específicas, como bebidas, alimentos, Tvs, etc. Além disso, se a trajetória da taxa de juros se mantiver ascendente em 2014, pode contribuir para elevar a inflação, o que tende a refrear o consumo. Por outro lado, a participação de roupas importadas pode se manter estagnada, caso o dólar continue em alta. “Enfim, 2014 não será um ano de consumo aquecido”, prevê o diretor.
Diante dessa perspectiva, é de se esperar que a concorrência entre os fabricantes nacionais e em relação aos produtos importados se mantenha acirrada. E, para conquistar o consumidor, será preciso, cada vez mais, encantar o cliente, oferecer produtos diferenciados. Para vencer os desafios, o diretor do IEMI avalia que as indústrias devem investir em velocidade na produção e em inovação, atendendo ao fast fashion; devem investir em um mix de produtos mais qualificado que dê origem a looks completos, do vestuário aos acessórios. Coleções assinadas e o modelo multicanal de distribuição, com lojas próprias, franquias e vendas pela internet também são soluções positivas. “Para se destacar é necessário investir cada vez mais no marketing estratégico, ir além do produto. É preciso organização para construir diferenciais e crescer”, finaliza.

http://www.oconfeccionista.com.br/index.php/2013/12/18/o-que-espera...

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“Para se destacar é necessário investir cada vez mais no marketing estratégico, ir além do produto. É preciso organização para construir diferenciais e crescer”

Ou seja, o mercado não está ‘puxando’ o consumo. “Vivemos uma fase de grande calmaria”, completa Prado.

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