Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O retorno da cintura baixa pela Diesel: Será que a tendência pega no Brasil?

A cintura baixa voltou com tudo às passarelas internacionais, mas de uma forma ainda mais ousada. Durante a Semana de Moda de Milão, a Diesel apresentou uma coleção outono/inverno 2026 repleta de jeans ultrabaixos, revelando não apenas a barriga, mas também parte do bumbum dos modelos. A estética Y2K, que já vinha dominando a moda nos últimos anos, agora flerta diretamente com a provocação, relembrando os icônicos “bumster jeans” de Alexander McQueen nos anos 1990. No entanto, a volta dessa tendência divide opiniões, com muitos fashionistas torcendo o nariz para o retorno das “plumber cracks” – expressão usada para se referir às frestas que surgem quando a peça desce demais.

No Brasil, onde o jeans sempre foi um item essencial no guarda-roupa, a cintura baixa já vem dando sinais de retorno há algumas temporadas. Influenciadores e celebridades como Bruna Marquezine e Anitta já aderiram ao visual, adaptando-o ao clima tropical e ao estilo despojado do país. Diferente da versão radical apresentada na Diesel, por aqui a tendência aparece de forma mais comercial, com modelagens que equilibram o corte baixo com um caimento mais confortável. Marcas nacionais têm apostado em jeans de cintura baixa combinados com tops justos ou oversized, criando produções que remetem à estética dos anos 2000 sem perder a praticidade.

Apesar do hype internacional, o Brasil pode enfrentar algumas barreiras na popularização extrema da tendência. Culturalmente, a moda brasileira valoriza modelagens que favorecem diferentes tipos de corpos, e o jeans de cintura alta ainda domina as vendas por oferecer conforto e versatilidade. Além disso, a relação dos brasileiros com o corpo é diferente da europeia ou da americana – a sensualidade está presente, mas de forma mais equilibrada. Por isso, é possível que a cintura baixa ressurja por aqui de maneira menos extrema, sem o apelo provocativo que tem sido visto nas passarelas.

A aceitação do jeans de cintura baixa também pode ser impulsionada pela nostalgia da geração Z, que não viveu os anos 2000 intensamente, mas hoje resgata suas referências no TikTok e no Instagram. Para esse público, o retorno da tendência não carrega o mesmo trauma de quem viveu a era do “jeans impossível” e das calças desconfortavelmente justas. Além disso, com a ascensão do body positive, a peça pode ganhar novas leituras, deixando para trás os padrões estéticos rígidos do passado e se tornando mais inclusiva.

O fato é que a cintura baixa está de volta, gostemos ou não. Se a tendência vai se consolidar no Brasil no formato extremo apresentado na Diesel ainda é uma incógnita, mas o jeans abaixo do umbigo já está se infiltrando nas coleções nacionais. Cabe agora ao consumidor decidir até onde quer ir nessa viagem de volta aos anos 2000.

Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação

https://guiajeanswear.com.br/tendencias/o-retorno-da-cintura-baixa-...

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