Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Matéria para o site paulista Modefica, um destino de inspiração diária que une moda, estilo e cultura a boas causas e consumo consciente (Outubro 2014).

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Nós vivemos em uma época em que conceitos tão importantes como a ética e a sustentabilidade são considerados nichos de mercado. Estamos acostumados a consumir produtos, serviços e informações totalmente, ou quase, sem nos preocuparmos com o que está por trás de cada coisa – a veracidade dos fatos, os ingredientes da composição e os modos de produção, por exemplo.

Com a moda não é diferente. Sabemos que grandes marcas baseiam toda a sua produção em países como o Camboja, Bangladesh, China e Vietnã. Mas aos poucos os dramas sociais e ambientais relacionados a essa mão de obra barata têm ganhado mais visibilidade. A chamada moda ética (ou sustentável) aparece como uma solução para o consumo de roupas e acessórios, com uma produção que preza o meio ambiente e as pessoas. Esses são duas preocupações do slow fashion que, de maneira prática, significa algo como menos tendência, mais cuidado.

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Chloé, uma maison de luxo parisiense fundada nos princípios da liberdade, leveza e feminilidade. Conceito Slow: Design atemporal.

Para quem é habitualmente inserido na moda, lê revistas e compra em grandes lojas de departamentos – acompanhando as tendências e novidades que chegam a cada poucos dias – surge uma interrogação no ar em relação ao consumo dessa moda consciente. Até pouco tempo, o que se entendia desse lado “alternativo” é que ele é inacessível, a “sustentabilidade chic” pode ser bem cara, ou vem com uma estética artesanal, “hippie”, bem clichê e é, ainda, uma moda distante, feita para um público pequeno e super engajado. Sendo assim, está longe da maioria das pessoas.

Mas essa percepção está, rapidamente, ficando para trás. A ética não precisa estar desconectada da estética. Inclusive, é a união das duas que forma esse novo e atraente mercado na moda. Em todo o mundo, novas marcas, e até mesmo as já consagradas, têm ganhado destaque com suas coleções feitas com materiais e tecidos diferenciados – a coleção da G-Star Raw com o Pharrel Williams, Raw For The Oceans é um excelente exemplo – resultando em produtos com uma boa dose de tecnologia e um design, sim, bem apurado! Produtos que facilmente passariam despercebidos pelo rótulo do sustentável e ainda se encaixam em diferentes tipos de orçamento.

Saindo da esfera do novo, o que já temos a nosso alcance, desde sempre, são possibilidades conscientes de consumo. Melhor ainda, dentro da personalidade de cada um. O slow fashion, literalmente o oposto do consumo desenfreado, sugere o investimento em um menor número de peças, porém com maior qualidade, feitas para durar mais tempo e combinadas com outras roupas que já temos (quem nunca se arrependeu de ter comprado tantas peças, baratinhas ou não, e que foram usadas poucas vezes?).

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Gabriela Basso, marca gaúcha de roupas femininas. Conceito Slow: Design atemporal, feito à mão, no Brasil.

E essa moda slow não é sinônimo de “eco”. Não é preciso comprar só roupas feitas com tecidos de PET reciclado para ser consciente na moda. E o mais interessante é que o benefício é geral: bom para o nosso bolso, para a organização em casa e para o meio ambiente. Menos acúmulo é igual a um alívio em ter mais espaço sobrando no armário; menos opções para escolher, o que facilita nas combinações e menos roupas para descartar depois. Fora o orgulho que é saber que temos uma peça que é realmente o nosso estilo, tem um caimento perfeito e muita história pra contar. O “lento” do slow fashion não é pensado como velocidade, mas sim como uma reconexão com nossas roupas e um desafio à obsessão do fast fashion, com sua produção em massa e estilo globalizado.

A moda slow também incentiva o comércio justo, que protege seus trabalhadores e suas famílias. Além de procurar resgatar valores quase esquecidos de valorizar o que é feito à mão, em tiragens limitadas, com tingimentos naturais e proteção aos animais. Isso só pra citar algumas das alternativas que enquadram a moda em padrões mais respeitosos ao homem e ao planeta.

Zady-Slow-Fashion

Zady, shop online só com marcas conscientes e com a origem de cada produto bem explicada. Conceito Slow: Design atemporal, qualidade, feito à mão, nos EUA e de maneira ética. 

Quando a gente busca qualidade nos designs clássicos e/ou na originalidade, principalmente investindo em marcas que atuam em harmonia com o bem estar social e pensam em reduzir todos os impactos de sua produção, certamente o preço das roupas vai refletir o seu custo real – do material utilizado aos salários justos. Mas é só pensar no número de vezes que iremos usar essas roupas para perceber que, sim, vale muito a pena.

Da próxima vez que for às compras, go slow!

http://reviewslowlifestyle.com.br/2014/10/03/o-slow-fashion-e-para-...

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surge uma interrogação no ar em relação ao consumo dessa moda consciente. Até pouco tempo, o que se entendia desse lado “alternativo” é que ele é inacessível, a “sustentabilidade chic” pode ser bem cara, ou vem com uma estética artesanal, “hippie”, bem clichê e é, ainda, uma moda distante, feita para um público pequeno e super engajado. Sendo assim, está longe da maioria das pessoas.

Mas essa percepção está, rapidamente, ficando para trás. A ética não precisa estar desconectada da estética. Inclusive, é a união das duas que forma esse novo e atraente mercado na moda.

ESTAS FRASES SAO PERFEITAS:O SLOW FASHION NAO É COMPETITIVO COM O FAST FASHION, MAS TAMBEM NAO É INASCECIVEL, VOCE COMPRA UM VESTIDO NA NOSSA LOJA VIRTUAL POR 300,00 PREÇO FACIL DE SER ENCONTRADO NA C&A POR EXEMPLO, E NAO PRECISA SER ESTEREOTIPADO DE HIPIE, O SLOW FASHION TEM QUE SER BONITO, TEM QUE SER DESEJAVEL, TEM QUE TER O GAMOUR DA MODA COM UMA HISTORIA BONITA POR TRAZ DE CADA PEÇA, TEM QUE TER TRANSPARENCIA NO PROCESSO DE PRODUÇAO, NOSSA MARCA TEM ORGULHO DE LEVAR QUEM QUAQUER JORNALISTA AO CAMPO, AS TECELAGENS, AS ARTESÃS ENFIM QUALQUER UM PODE CONHECER E COMPROVAR A NOSSA HISTORIA, COMO JA ACONTECEU COM JORNALISTAS TANTO NACIONAIS COMO INTERNACIONAIS QUE ATE FICAR UMA SEMANA NOS ASSENTAMENTOS JA FICARAM

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