Todo mundo sabe o que é o high x low, ou hi-lo, a tendência surgida há cerca de uma década e que ensinou a gente a misturar peças caras e baratas (roupas de fast fashion com it bags, por exemplo). Mas a prática não se restringe apenas às roupas que vestimos! Uma matéria do WWD a partir dos resultados de uma pesquisa feita pela MasterCard, mostra que nos Estados Unidos, os consumidores não têm problema algum em fazer compras tanto em lojas de departamento luxuosas quanto em supermercados como o Target ou o que eles chamam de “lojas de desconto”.
Tudo bem que a recessão americana pode ter favorecido algumas pessoas a olharem com simpatia para lojas que antes não eram muito atraentes, mas se pensarmos nos movimentos promovidos pela própria indústria da moda, com as parcerias entre grandes estilistas, designers, artistas e empresas populares dá para entender que a mudança de comportamento não tem a ver só com a economia. Aqui no Brasil, o modelo tem dado certo também, apesar de não ter tanta repercussão com o público, que por outro lado está em seu ápice de consumismo.
Mais de 100 mil contas de MasterCard foram analisadas para mapear os hábitos de compra e o que se observou foi o seguinte: ao comprar em lojas de luxo, o gasto médio era três vezes maior do que no varejo popular. Em compensação, as aquisições caras eram feitas apenas uma vez, enquanto nas lojas de desconto elas aconteciam seis vezes no mesmo período.
Carina Duek para C&A
Outro aspecto interessante é o psicológico. Para alguns analistas, o fato das pessoas comprarem em redes mais baratas diminui a culpa na hora de estourarem o cartão de crédito na Gucci, Chanel, Louis Vuitton… Ou seja, a prática do hi-lo não é só uma questão de ser criativo no look mas também de equilibrar as finanças!
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