Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Obstáculos são para todos os setores, mas segmento têxtil vê “apreensão”

Obstáculos são para todos os setores, mas segmento têxtil vê “apreensão” | Brasil | Valor Econômico

Entidades que representam setores importantes da indústria buscam estimular o ânimo das empresas e alguns relatam estar em melhores condições do que outros, mas todos reconhecem que 2022 é um ano com uma série de obstáculos à vista.

“O sentimento geral hoje é de profunda apreensão, que nos leva à posição defensiva de proteger o caixa, proteger a estrutura financeira contra essa pressão de custos e demanda pouco estimulada”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel.

O executivo destaca que até o momento a projeção é que a indústria têxtil registre crescimento de 1% no fim do ano, mas admite que a piora da pandemia com a variante ômicron pode atrapalhar. “Estamos começando o ano com essa previsão, mas essa expansão da ômicron tem trazido bastante problema pelo lado dos afastamentos de funcionários. Também tem reduzido a atividade das pessoas e consequentemente prejudicado a produção.”

Inflação e juros altos, o persistente aumento dos custos de produção e inclusive as eleições deste ano são também problemas apontados pelo presidente da Abit.

Na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o sentimento é de que a fase mais aguda das dificuldades geradas pela pandemia já passou. A entidade espera números positivos para o ano e relativamente altos, após dois anos fracos.

“Estamos esperando alcançar R$ 2,3 bilhões em vendas no mercado interno neste ano, o que seria um crescimento de 8,5% [ante 2021]. Mas seria um crescimento moderado porque partimos de uma base baixa”, diz o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Bastante impactada pela desorganização da cadeia global de abastecimento em meio à pandemia, especialmente pela falta de semicondutores no mercado global, a indústria automotiva brasileira, segundo Moraes, tem procurado olhar para a frente e, mesmo longe do seu auge alcançado em 2013 no país, está se preparando para o futuro com investimentos mais em tecnologia para se adaptar à descarbonização da economia e pensando menos, por ora, em ampliar a produção existente.

Na Zona Franca de Manaus a expectativa também é de evolução, mas sem ignorar os obstáculos econômicos. “O polo industrial de Manaus vem no segundo ano com viés de crescimento considerável, apesar da pandemia”, diz Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas. “Agora, há alguns fatores que não esperávamos. A pandemia que voltou a afetar o mundo e o Brasil. As empresas no Amazonas têm tido a sua atividade impactada em meio ao afastamento de funcionários por causa das contaminações.”

A pressão sobre os custos, a taxa de câmbio alta, assim como os juros e a inflação que corrói o poder de compra do brasileiro e a eleição deste ano, são outros elementos que fragilizam a produção, diz.

“Dá para ser otimista naquela de comer o peixe olhando pro gato. Tem que estar atento a alguns movimentos no mundo e aqui para evitar surpresas ruins.Mas sou uma pessoa naturalmente otimista e o sentimento que tenho compartilhado e recebido também é de otimismo. Por isso, projetamos um crescimento de 7 a 8% neste ano no polo industrial de Manaus”, declara Périco.

O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, relata um momento diferente para a indústria de bens de capital. Ele lembra que a crise hídrica é outro fator negativo no contexto geral, mas explica que o setor tem especificidades que acaba se beneficiando e tem vivido uma realidade um “Tivemos um crescimento de 82% nas vendas de geradores a gasolina e diesel em razão da crise hídrica. Além disso, puxa investimentos na área eólica, solar. O setor está dando um salto”, disse.

Ele explica que as dificuldades enfrentadas pelos outros setores da indústria fazem com que as empresas invistam em máquinas para aumentar a produtividade e diminuir a dependência de produtos importados, mesmo que não estejam pensando em aumentar a produção. Ele cita grandes investimentos nessa linha nas áreas de infraestrutura, agronegócio e inclusive na automotiva. “A despeito da crise na saúde, na economia, baixo crescimento do PIB, alta inflação e Selic subindo, estamos otimistas para 2022”, comenta, destacando que, segundo números do IBGE, a produção física da indústria de máquinas e equipamentos cresceu 21,5% em 2021 e o faturamento subiu 25% ante o ano anterior.

Fonte: Valor Econômico

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