Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Oito países uniram-se numa iniciativa apoiada com cerca de 324 milhões de euros e liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente, para impulsionar a transformação e eliminar o impacto ambiental dos sectores da moda e da construção.

Os sectores da moda e da construção são apontados como os que mais contribuem para a poluição, as emissões de gases com efeito de estufa, a degradação dos solos, a poluição da água e a perda de biodiversidade. O Programa Integrado para a Eliminação de Substâncias Químicas Perigosas das Cadeias de Abastecimento reúne os governos de oito países – Camboja, Costa Rica, Equador, Índia, Mongólia, Paquistão, Peru e Trinidad e Tobago – para encontrar alternativas sustentáveis para os processos e materiais que consomem muitos recursos e estimular cadeias de valor circulares e colaborativas.

Esta iniciativa, com a duração de seis anos, financiada pelo Fundo Global para o Ambiente (45 milhões de dólares, aproximadamente 43 milhões de euros) e por outras fontes externas (295 milhões de dólares), procura promover a substituição de materiais não renováveis, a utilização eficiente de recursos, um comportamento de compra responsável e a melhoria da recolha pós-utilização.

Carlos Manuel Rodriguez, CEO do Fundo Global para o Ambiente, enfatizou a capacidade única da organização em reunir países e sectores para criar cadeias de aprovisionamento mais seguras, com menos produtos químicos perigosos e uma pegada de carbono reduzida, sem perder lucro. «As necessidades aqui refletem a forma como os desafios ambientais mundiais estão interligados e como a abordagem integrada do Fundo para lidar com a poluição, as alterações climáticas e a perda de natureza podem ser transformadoras – com resultados rápidos e tangíveis à escala necessária», refere.

O programa vai impulsionar melhorias nas políticas, inovação e no acesso ao financiamento e terá como foco a capacitação de mulheres, jovens e comunidades locais através da integração dos conhecimentos indígenas, revitalização das economias locais e identificação de materiais e práticas sustentáveis. Além disso, a iniciativa tem como objetivo evitar a libertação de seis milhões de toneladas de emissões de gases com efeito de estufa e de mais de 18 mil toneladas de produtos químicos perigosos nos ecossistemas. Até 2031, a previsão é de que o programa beneficie dois milhões de pessoas em todo o mundo.

O Ministro do Ambiente do Camboja destaca a importância da iniciativa para o desenvolvimento sustentável do país. «O afastamento do Camboja do estatuto de país subdesenvolvido constitui uma oportunidade para melhorar os seus sectores industriais e assegurar um futuro económico mais sustentável. Ao participar no programa, o Camboja não só salvaguardará o ambiente e a saúde pública, como também reforçará a sua posição no mercado global», acredita.

O sector da construção civil representa o maior mercado para os produtos químicos e na produção de um quilograma de têxteis são necessários, em média, 580 gramas de vários produtos químicos.

O programa procura transformar as cadeias de abastecimento de ambos os sectores, com exemplos de inovação como a criação de fornos de tijolos artesanais no Equador, a experimentação de certificação de edifícios ecológicos no Camboja e a reutilização de resíduos de banana para a produção de fibras economicamente viáveis e socialmente benéficas no Paquistão.

Ronny Rodríguez Chaves, Vice-Ministro da Energia da Costa Rica, sustenta que o programa ajudará o país a tornar-se um líder mundial na construção sustentável, por exemplo, através da «utilização de cimento com baixo teor de carbono e a construção com materiais inovadores e de base biológica», soluções que podem ser adotadas em grande escala.

https://portugaltextil.com/onu-apoia-a-reducao-da-pegada-ambiental-...

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