Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Apesar da procura das marcas e retalhistas internacionais e dos benefícios internacionais que a colocam numa posição privilegiada, a incapacidade de atrair e manter mão de obra faz com que a indústria de vestuário do Laos não tenha atualmente capacidade de resposta.

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Os desafios de Laos – Parte 1

 O Laos tem como objetivo mais do que duplicar as suas exportações de vestuário até 2015. Apesar de os cadernos de encomendas estarem cheios e a procura internacional revele crescimento, os problemas de encontrar e manter os trabalhadores tem sido um grande entrave.

À primeira vista, o Laos pode não parecer atrativo para os compradores internacionais. A pequena nação do interior do sudeste asiático tem falta de materiais têxteis, os seus trabalhadores são pouco instruídos e a sua indústria tem uma pequena escala em comparação com os seus vizinhos. Mas os baixos custos laborais do país e acesso preferencial ao mercado – especialmente o seu acesso sem taxas à UE sob o Sistema Generalizado de Preferências (GSP) – são cada vez mais interessantes para os clientes internacionais.

Muitas das pouco mais de 100 empresas exportadoras de vestuário do Laos afirmam que se poderiam expandir consideravelmente se conseguissem contratar e manter trabalhadores suficientes. Com efeito, a falta crónica de mão de obra é o principal obstáculo no objetivo do país de mais do que duplicar as suas exportações de vestuário, de 183 milhões de dólares (140,6 milhões de euros) em 2012 para 500 milhões de dólares até 2015. E é a razão pela qual a Associação da Indústria de Vestuário do Laos (AIVL) e o seu braço de formação, o Centro de Desenvolvimento de Competências no Vestuário (CDCV), lançaram no final do ano passado uma grande campanha publicitária para atrair mais trabalhadores, com o objetivo de duplicar a força de trabalho para 60 mil até 2015.

Equilibrar as exigências dos consumidores e a insatisfação dos trabalhadores é apenas um dos desafios dos exportadores, muitos dos quais afirmam que os seus cadernos de encomendas estão cheios, mas são incapazes de receber novos negócios. Chamlong Janetanakit, diretor da Hi-Tech Laos Apparel, que emprega 700 pessoas e é uma subsidiária do grupo de vestuário tailandês Hi-Tech, com 5.000 trabalhadores revela que «nem temos falta de encomendas nem de capital para nos expandirmos. A nossa única restrição é a mão de obra». A Hi-Tech Laos Apparel produz sobretudo t-shirts, boxers e outros artigos em malha para a retalhista alemã Tchibo, mas tem estado em negociações com marcas como a Hugo Boss e a Armani e retalhistas como a Marks & Spencer e a H&M.

A escala do problema laboral foi mostrada num estudo do Banco Mundial em julho do ano passado, que concluiu que grandes e médias empresas de vestuário no Laos perdem cerca de 3,5% da sua força de trabalho todos os meses (40% a 60% por ano), enquanto as pequenas empresas perdem mais de 6% todos os meses.

Pelos padrões internacionais, os salários são baixos, mas em janeiro de 2012 o salário mínimo legal no Laos aumentou de 348 mil kip (cerca de 35 euros) para 626 mil kip (cerca de 77 dólares ou 62 euros) por mês. A AIVL sublinha a comparação positiva com os salários mínimos no Vietname (75 dólares), Camboja (68 dólares), Bangladesh (61 dólares) e Myanmar (50 dólares). As fábricas pagam ainda bónus adicionais e horas extra, o que significa que um trabalhador do vestuário pode receber 100 a 250 dólares por mês, incluindo alimentação e alojamento. No entanto, as empresas continuam a ter dificuldade em encontrar trabalhadores e melhorar as taxas de retenção de trabalhadores.

Na segunda parte deste artigo, serão reveladas algumas das estratégias que estão a ser implementadas para tentar suprir a falta de mão de obra na indústria.
 http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/42633/xmview/...

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A AIVL sublinha a comparação positiva com os salários mínimos no Vietname (75 dólares), Camboja (68 dólares), Bangladesh (61 dólares) e Myanmar (50 dólares).

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