Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Os planos da Arezzo&Co pós-fusão, segundo Alexandre Birman

Arezzo tem uma das fábricas mais equipadas do mundo, com uma produção de 60 mil peças por ano para todas as suas marcas.

Por Alexa Meirelles | Daqui dez anos, Birman acredita que algumas marcas podem se tornar globais — uma delas é a Farm Rio, marca que pertencia à Soma, o que ele chama de “cereja do bolo” do grupo, vai se tornar uma marca global. “Essa marca tem o ‘sabor brasileiro’ e a forma como foi distribuída internacionalmente está crescendo em 35% nos últimos 3 anos. Acredito que é apenas o começo, e vai se tornar uma marca global em 10 anos, com certeza. Eu também sou responsável pela parte criativa desse novo grupo, e tem uma marca cereja do bolo que está no meu portfólio então, esperamos que essa marca esteja ao redor em um espaço global”, disse o executivo.

Para o Brasil, o principal foco é que o ciclo de vestuário esteja na mesma velocidade da parte de calçado. A empresa também deve focar em sustentabilidade e em ajudar empreendedores do ramo da moda. “[Queremos] Entregar melhores produtos, tendo menos inventários, construindo sustentabilidade, não apenas para os padrões, mas para realmente desenvolver novos modos de crescimento, para ser sustentável em termos de pessoas, os materiais que usamos, para investir em novos talentos”.

Ele também falou sobre empreendeddorismo. Uma das nossas ambições em termos de trabalho social é ajudar empreendedores, é ajudar pessoas criativas que não têm a oportunidade de ter um negócio. Hoje meu foco atual é como criar um negócio melhor, mas nós acreditamos que outras categorias podem vir ao longo do caminho, como joias, cosméticos e athleisure [roupas de ginástica que podem ser usadas socialmente]. Nós estamos criando uma estrutura de empresa que no futuro pode ter outros negócios ao invés do que temos hoje”.

A Arezzo já detém hoje 40% do market share (fatia do mercado). Ao ser questionado sobre o que motivou a fusão, Birman começa dizendo que a Arezzo tem uma das fábricas mais equipadas do mundo, com uma produção de 60 mil peças por ano para todas as suas marcas.

Segundo ele, o Brasil tem capacidade para produzir do algodão ao produto pronto, sem depender de importação. “Mesmo que o Brasil seja um país sustentável, da plantação de algodão, da importação, do processo e montagem e finalização, isso é espalhado, não é organizado. Não há um software que pode realmente conectar e acelerar o tempo entre desenvolvimento e venda. (…) Para mim, esse é o meu maior desafio e também, como ajudar a moda”.

A maioria das fusões fracassa com o tempo, lembra o ex-reitor de Harvard. Apenas uma a cada três operações acaba sendo bem-sucedida. Birman diz, no entanto, que está plenamente ciente da probabilidade — e que foi alertado. O principal motivo para o sucesso da operação é unificar o melhor da cultura das duas empresas e torná-la uma só.

Por Alexa Meirelles 

Fonte: UOL

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