Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Para além do Slow Fashion : Como as marcas podem ser mais sustentáveis?

Saiba como as marcas podem aplicar princípios de sustentabilidade em sua produção.

Aqui no Brasil, a estilista Flavia Aranha é referência de slow fashion e sustentabilidade – Foto: Caio Ramalho

A indústria têxtil é responsável por altos índices de poluição e desmatamento; em função disso, é constantemente associada à prevaricação do meio ambiente. No entanto, esse é um quadro que deixa de ser verdadeiro em sua totalidade, uma vez que, com o passar dos anos, novas tecnologias foram desenvolvidas para que a produção têxtil fosse ficando cada vez mais sustentável, de maneira a não afetar o meio ambiente e ainda assegurar que marcas e empresas se tornem conscientes ao produzir.

Nesse sentido, surge o conceito de moda sustentável no século 21, aliado ao movimento denominado slow fashion, cuja prioridade é a valorização do processo de criação de maneira mais lenta; logo, desde os insumos utilizados até a venda, funciona de tal maneira que os produtos confeccionados têm uma duração maior, que só é possível através da adoção de ações sustentáveis e ecologicamente corretas. Além disso, diversas outras atitudes podem ser tomadas para que as marcas sejam cada vez mais sustentáveis.

Utilização de tecidos sustentáveis

No que diz respeito aos tecidos utilizados em confecções, existem aqueles que gastam menos litros de água, geram menos resíduos e possuem compostos químicos reduzidos em sua confecção. São esses tecidos que são variáveis comuns nas roupas dos indivíduos que podem gerar um impacto menos negativo no meio ambiente. Vale, portanto, buscar selos de sustentabilidade, priorizando tecidos naturais como algodão, fibras, linho, etc., deixando de lado os tecidos sintéticos.

Tingimento alternativo

A taxa de contribuição de poluição advinda do tingimento têxtil é de 17% a 20%, segundo o Banco Mundial, e a própria indústria têxtil consome mais de 6 trilhões de litros de água anualmente. Números estes que são exorbitantes e que ainda podem ser agravados, levando em consideração que os resíduos deixados após o processo de tingimento afetam a flora, a fauna e até mesmo os seres humanos. Nesse cenário, é crucial que a indústria busque novas maneiras de produzir e tingir, valendo-se, por exemplo, de corantes biológicos sintéticos, uso de corantes sem solventes ácidos ou metais robustos, entre outras opções. O ideal é que organismos geneticamente modificados sejam utilizados na produção dos pigmentos, de maneira a contribuir para a preservação do ambiente.

Fábricas sustentáveis e energia limpa

Para além das ações que perpassam as fábricas, é importante que o próprio local possua recursos para que a confecção seja mais sustentável; nesse sentido, adquirir imperativos como uma cadeia de produção justa, política de zero desperdício de água, investimento em durabilidade e otimização da reciclagem feita nas fábricas são algumas opções. Além disso, essa sustentabilidade nos bastidores pode incluir também o uso de energia solar, reduzindo o impacto no meio ambiente para além das campanhas. Dessa maneira, todo o processo será otimizado e irá contar com o princípio de sustentabilidade ativo.

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