Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Para HSBC, Ações Da Hering E Lojas Renner São Favoritas No Setor Varejista

SÃO PAULO - Esperando um segundo semestre mais sólido para o setor de varejo de vestuário, o HSBC acredita que as melhores apostas do setor são Hering (HGTX3) e Lojas Renner (LREN3). Ambos os papéis possuem recomendação de overweight (exposição acima da média do mercado), assim como os papéis de Marisa (AMAR3) e Arezzo (ARZZ3). 

A única recomendação neutra do setor fica com os papéis da Guararapes (GUAR3), que tiveram o preço-alvo revisado de R$ 90 para R$ 95 -, projetando um upside de 6,5% frente ao fechamento da última segunda-feira (18). Nessa tendência, o potencial teórico de valorização mais atrativo fica com os papéis da Hering, que na avaliação dos analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry, podem buscar os R$ 56,00 - 37,42% de alta na mesma base de comparação.

Esses papéis são seguidos pelos da Marisa (AMAR3), que podem registrar alta de 23,71% até os R$ 30,00. Os ativos da Lojas Renner, um dos favoritos do banco, aparecem na terceira colocação, com potencial de 23,31% até os R$ 73,00, após uma leve revisão que rebaixou o preço-alvo dos R$ 78,00. Já os da Arezzo possuem potencial de 20,94%, até R$ 35,00. 

Economia derrapa
O atual desempenho da economia brasileira vem assustando o setor. "Adotamos uma atitude mais cautelosa em função das condições macroeconômicas decepcionantes, em especial no que se refere à redução das projeções do crescimento do PIB neste e no próximo ano", afirma a equipe do HSBC.

Contudo, alguns varejistas já implementaram ajustes que devem impulsionar resultados daqui para frente. Além disso, as áreas de vendas em 2011 cresceram a uma média de 17%, o ritmo mais rápido em anos. Com a desaceleração do segundo semestre, boa parte dessas áreas de vendas ainda não atingiram a maturidade.

Um outro fator positivo é a carteira de crédito mais sólida entre as varejistas que disponibilizam esse serviço aos seus clientes. A inadimplência recuou tanto para Marisa quanto para Renner, embora tenha se elevado para a Guararapes. "Como o crédito é um motivador muito importante da receita, acreditamos que a melhoria em sua qualidade é positiva para o setor", afirmam Chevez e Manisha.

Outlet ou não? Eis a questão
Outro ponto a ser destacado em relação ao setor é o debate que se criou sobre as condições para a expansão dos outlets - lojas especializadas em vender produtos de "ponta-de-estoque", vendendo mercadorias devolvidas, fora de linhas ou irregulares a preços muito baixos. Para Chevez e Manisha, esse setor pode ser uma elevar o valor de marca e, caso os outlets ganhem impulso, os mais relutantes devem ter de adotar esse canal de distribuição.

Nesta discussão, as duas empresas favoritas pela equipe da HSBC possuem opiniões opostas: a Hering vê isso como oportunidade, enquanto a Lojas Renner não quer se associar a isso. Na opinião da Hering, a operação de lojas outlets permite transferir mercadorias com desconto para longe de suas principais lojas, e deve expandir sua participação nesse segmento varejista - atualmente restrita ao Outlet Premium, na região metropolitana de São Paulo. A Arezzo também deve aumentar sua participação em outlets.

Já o CEO (Chief Executive Officer) da Lojas Renner mostrou forte rejeição à idéia, dizendo que provavelmente nunca venderia mercadorias da empresa por meio de lojas outlet. Para ele, isso pode desvalorizar a marca da Lojas Renner - ao baratear os produtos excessivamente. A Marisa mostrou seguir essa idéia, destacando que prefere que os clientes a procure de itens com desconto entre nas principais lojas da empresa, onde podem ser "incentivados" a comprar produtos fora de liquidação.

Fonte:|http://www.infomoney.com.br/acoes/noticia/2469492-para+hsbc+acoes+h...

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