Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Octarine Bio e a Ginko Bioworks anunciaram uma parceria para usar a fermentação microbiana para criar pigmentos com propriedades bioativas. O objetivo é contribuir para que a indústria da moda deixe de usar corantes à base de combustíveis fósseis.

 [©Octarine Bio]

A Octarine Bio, que se apresenta como uma empresa de biologia sintética, e a Ginko Bioworks, que está a construir uma plataforma para programação de células e biossegurança, vão trabalhar em conjunto para produzirem uma nova estirpe de violaceína, um pigmento natural com propriedades bioativas, incluindo antimicrobianas, antioxidantes e de proteção UV, e seus derivados. Embora inicialmente focada na violaceína, a colaboração tem o potencial para se expandir para outros compostos triptofanos.

«As cores e corantes naturais constituem um mercado significativo e em expansão, especialmente tendo em conta a cada vez maior consciencialização das empresas e preocupação dos consumidores com os efeitos nocivos dos processos de produção convencionais», indica Ena Cratsenburg, diretora de negócio da Ginko Bioworks. «Esta é uma grande oportunidade para contribuir para a sustentabilidade da indústria da moda e estamos entusiasmados por trabalhar com a Octarine, já que pretendemos produzir uma nova classe de cores e corantes mais segura e de elevada performance que irão ser atrativas para os consumidores e as empresas em todo o mundo», acrescenta.

Alternativa mais sustentável

A maioria dos têxteis são atualmente produzidos com corantes sintéticos derivados de combustíveis fósseis, uma prática que tem sido ligada a efeitos nocivos sobre a saúde humana e o meio ambiente. De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas e a Fundação Ellen MacArthur, o tingimento e acabamentos de têxteis produzem cerca de 20% das águas residuais do mundo. E segundo a Agência Europeia do Ambiente, na Europa o consumo de têxteis tem o quarto maior impacto no ambiente e nas mudanças climáticas, o terceiro maior impacto na utilização de água e solo e o quinto maior impacto no uso de matérias-primas e emissões de gases com efeito de estufa.

A biologia sintética, apontam as empresas em comunicado, oferece uma alternativa viável a esta prática, ao permitir o desenvolvimento de corantes e cores mais seguras e inovadas, feitas através da fermentação microbiana. «A proficiência excecional da Octarine Bio na derivação enzimática, que pode permitir níveis de produção melhores e propriedades superiores a estas cores, é uma parte fundamental da tecnologia da Octarine. Em combinação com o conhecimento da Ginko Bioworks na engenharia de estirpes, isso resulta em oportunidades significativas para a Octarine introduzir no mercado novas cores e corantes bioativos que respondem aos desejos do consumidor de alternativas mais sustentáveis, seguras e saudáveis».

Nethaji Gallage, cofundadora e CEO da Octarine, revela que «vemos um enorme potencial para aplicar estes pigmentos naturais como corantes de base bio, uma das categorias em mais rápido crescimento no mercado têxtil mundial».

https://portugaltextil.com/parceria-impulsiona-corantes-naturais/

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