Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Participantes do ICAC defendem união dos países produtores contra as fibras sintéticas

Mesmo quando os países produtores de algodão buscam diferenciar sua fibra baseados em características únicas de qualidade, um conceito une todos eles: o inimigo do meu inimigo é meu amigo e o verdadeiro inimigo do algodão são as fibras sintéticas. Esse foi o consenso entre participantes de um painel e o público presente à Quarta Sessão Aberta da 73ª Reunião Plenária do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC na sigla em inglês), que foi realizada em Thessaloniki, na Grécia, na primeira semana de novembro.

"National Cotton Brands: Strengthening Awareness of the Attributes of Cotton” foi o título do painel que incluiu palestrantes dos quarto dos principais países produtores: Austrália (Michael Murray, da Cotton Australia), Brasil (João Luiz Ribas Pessa, representante da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão – Abrapa e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão - Ampa), Grécia (Vasileios Mereas, ministro do Desenvolvimento Rural e Alimentação) e Estados Unidos (Kevin Latner, do Cotton Council International).

Devido à importância do algodão para várias economias nacionais, não surpreende que os países produtores não economizem esforços para construir e proteger o valor de suas marcas.

* O Brasil exporta cerca de 700 mil tons de algodão em pluma por ano para o mercado internacional, o que o torna o país o quinto maior exportador mundial

* Os Estados Unidos respondem por aproximadamente 25% do comércio global de algodão e investiram mais de US$ 200 milhões para aumentar a visibilidade e a consciência global dos benefícios do algodão.

* A cadeia produtiva do algodão da Austrália tem apenas 50 anos – é pouco, considerando-se que o algodão tem sido usado há milhares de anos – mas suas lavouras já tem taxas de produtividade quase três vez mais altas do que a média mundial.

* A Grécia, que recebeu a reunião plenária do ICAC em 1968 (realizada em Atenas) e é anfitriã este ano, responde por aproximadamente 85% da produção de algodão da União Europeia (a Espanha produz os restantes 15%).

Qualquer processo que envolva a comercialização de produtos ou serviços terá um elemento de competição. O valor da pluma é baseado em mais de 12 diferentes características de qualidade, sendo que cada uma varia muito de acordo com o local de cultivo da fibra. Isso torna o país de origem um fator muito relevante na formação do preço. Mas ao final do painel, todos os participantes concordaram que diante da batalha do algodão com as fibras sintéticas, é fundamental que todos os países produtores da fibra natural se unam:

“Algodão é um negócio e a competição é saudável, mas no final das contas é de nosso interesse trabalharmos juntos para aumentar a dimensão global do bolo “, disse Latner.

Participam da 73ª Reunião Plenária do ICAC como representantes da Ampa o ex-presidente Sérgio De Marco e o diretor executivo Décio Tocantins.

http://www.abrapa.com.br/noticias/Paginas/Participantes-do-ICAC-def...

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o problema e que o poliester nao  e um inimigo somente do algodao, ele e um inimigo do planeta, porque vamos morrer afogados em plastico, poliester, se ele e inimigo do algodao, imagine da seda?

Cara Francisca Gomes, este tipo de artigo e evento, com o proposito que é exposto, me assusta muito. Mostra um profundo desconhecimento do que de fato é problema hoje é o quanto que estamos despreparados para um horizonte de médio a longo prazo.

Com a taxa de crescimento tanto demográfico como consumo atual, não demora muito, não teremos espaço para nos dar o luxo de plantar matéria prima para vestuário. Com isso vejo que temos que mudar a nossa forma de pensar e agir, ou em breve estaremos vestindo produtos de origem vegetal e comendo somente sintéticos.

E pensando no ponto de vista da sustentabilidade, o qual você faz referencia, proponho que leia alguns artigos de fácil acesso que fale especificamente sobre o tema (uma sugestão: "A sustentabilidade das fibras têxteis" Textilia nº69 de jul/ago/set de 2009).
Obs.: beberia água de uma nascente ao lado de uma fabrica de Poliéster, sem problema algum. Mas jamais faria o mesmo se esta nascente for ao lado de uma plantação de algodão.

Att.

Sergio

isto se chama

lobby
  1. Lobby é o nome que se dá à atividade de pressão, ostensiva ou velada, de um grupo organizado com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público, em especial do Poder Legislativo, em favor de causas ou objetivos defendidos pelo grupo. Artigos pagos pelos interessados em continuar matando o planeta, quanto a sua "preocupaçao"de comer sinteticos, nao vai precisar porque cada dia mais esta se conscientizando as pessoas a nao consumir o que nao precisa precisa, inclusive roupas, comida precisamos diariamente para nos mantermos vivos, roupa nao, eu consigo passar um ano sem comprar uma peça de roupa, esta industria do fast fashion vai acabar caindo ou pelo menos estagnando o que ja esta dando sinais, tambem e somente ver os artigos sobre o tema as pessoas que escrevem sobre isto sao bem mais confiaveis, aqui nao tem ninguem despreparado, voce e que esta precisando se preparar para esta reduçao do consumo desenfreado, nao quero e nao sou nenhuma expert no assunto, mas nao tenho a arrogancia e a prepotencia de estar chamando as pesssoas de ignorantes e despreparadas, pois cada uma delas conhece o assunto a fundo, coisa que voce talvez nao conheça o seu, porque ficar lendo estes artigozinhos pagos pelas grandes corporaçoes nao conveceu e nuca vai convencer ninguem, assim como a industria do petroleo americano paga a pseudo cientistas para manipular dados que provem que o planeta nao esta se aquecendo, entao cidadao, aqui e um espaço democratico e cada um expressa sua opiniao, fique a vontade, agora loby é uma das puores formas de convencimento que existe, quando voce esta no meio de pessoas que tem consciencia e bom senso. 
Isso não é Lobby!
É informação!
Sem mais comentários.
Boa tarde Sra. Francisca.

As fibras sintéticas, sejam poliéster, poliamida, polipropileno ou outra qualquer, estão presentes na nossa vida e dificilmente conseguiríamos, hoje, viver sem elas.

Os tecidos do interior dos veículos, os geotexteis, as bases dos produtos laminados e tantos outros artigos, só conseguem ser úteis às nossas necessidades porque são feitos com fibras sintéticas. Alguns até poderiam ser produzidos em algodão, mas os volumes consumidos para algumas aplicações implicariam em uma grande demanda pela fibra e, com certeza, não haveria fibra suficiente no mundo para produção de vestuário e aplicações industriais.

Até mesmo para uso em vestuário, cama e mesa, se todos optarem por utilizar apenas artigos produzidos com 100% algodão, viveremos uma explosão de alta de preços e falta de matéria prima.

Portanto, considero que as fibras sintéticas são necessárias para nosso conforto e segurança e temos que conviver com elas. Quanto aos problemas que tanto ouvimos falar com relação ao PET no meio ambiente, é uma questão de educação. Meu filho, hoje com 05 anos, separa lixo orgânico e reciclável desde os 02 anos de idade. Com certeza ele vai contribuir para um planeta melhor, sabendo utilizar e preservar os recursos naturais.

Com relação ao prejuízo que podemos ter com o uso indiscriminado de fibras naturais, principalmente algodão, seguem dois links que comentam os problemas do Mar de Aral. Após visita-los, talvez você entenda a preocupação expressada pelo Sérgio Souza.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_34...

http://www.paginavermelha.org/artigos/130401-mar-de-aral.htm

Boa leitura e um bom final de semana.

Reginaldo

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