Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Apesar de se manter um passo atrás da sua principal rival, a retalhista sueca H&M continua a crescer, prevendo-se um aumento de 10% do volume de negócios em comparação com 2011, um resultado que permite antecipar boas vendas para o próximo ano. 

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Passo firme mas mais lento

O volume de negócios da segunda maior retalhista de moda, a H&M, aumentou 10% este ano, ficando abaixo do crescimento da grande rival Inditex, que está menos exposta ao abrandamento na Europa.

A retalhista sueca tem a maior parte do seu negócio no Velho Continente, onde a crise da dívida soberana e as medidas de austeridade que vigoram em muitos dos países prejudicaram fortemente a procura.

A Inditex, que detém a Zara e outras cadeias, tem uma quota maior do que a H&M de vendas em mercados emergentes em rápido crescimento, como a China, e está menos exposta à inflação de custos na Ásia. Razões que contribuíram para um crescimento de 17% das vendas da retalhista espanhola, para 11,36 mil milhões de euros, e para um aumento de 27% no lucro dos primeiros nove meses, para 1,65 mil milhões de euros.

A H&M registou uma quebra menor do que o esperado nas vendas comparáveis em novembro, no final deste ano financeiro. Os números do quarto trimestre, publicados ao mesmo tempo, apontam para um volume de negócios anual de 120,8 mil milhões de coroas suecas (cerca de 14 mil milhões de euros), segundo os cálculos da Reuters, um aumento de 10% em comparação com 2011.

O analista do Citi, Richard Evans, considera que um euro em quebra e investimentos em produtos semelhantes poderão provavelmente limitar o crescimento do lucro da H&M em 2013 a um único dígito médio, repetindo uma variação neutra nas ações da retalhista sueca. Evans afirma que os números não alteraram as suas expetativas para as vendas anuais de 2013 de 132,7 mil milhões de coroas suecas e um lucro bruto de 24,5 mil milhões de coroas suecas.

A H&M indicou que as vendas comparáveis em moeda local diminuíram 1% em novembro, menos do que a previsão da Reuters de uma quebra de 3%, e subiram 1% no ano como um todo. A quebra das vendas foi a segunda consecutiva, após uma descida de 5% em outubro.

As vendas totais em novembro, incluindo novas lojas, subiram 7% em comparação com o ano anterior em moeda local, pouco acima da previsão, para um aumento anual total de 11%.

Para o analista do banco americano Merrill Lynch, Richard Chamberlain, o resultado mostra uma performance superior à dos principais mercados da retalhista no mês passado. «Acreditamos que o maior mercado da H&M, a Alemanha (com cerca de 20% das vendas) e os mercados à volta foram novamente difíceis, com os dados da indústria a sugerirem uma quebra de 5% no mês. Outros mercados europeus estiveram um pouco melhor, com tanto a França e a Suécia com uma quebra de 1% em termos anuais e com o Reino Unido ligeiramente positivo», aponta.

Também Simon Irwin, analista do Credit Suisse diz que «as vendas são marginalmente melhores do que o esperado, mas provavelmente a custo das margens», acrescentando que a H&M presumivelmente baixou os preços em promoções para despachar stock em novembro. Irwin mantém a previsão de um crescimento anual de 2% nas vendas comparáveis em moeda local para 2013 e um crescimento das vendas totais em coroas suecas de 10,4%.

O volume de negócios no trimestre setembro-novembro, que a H&M publicou antes do relatório dos resultados anuais, previsto para 30 de janeiro, subiu 5% em comparação com um ano antes, para 32,5 mil milhões de coroas, correspondendo às expetativas. A cadeia sueca de moda opera atualmente 2.776 lojas, um aumento de quase 300 lojas em comparação com as 2.472 que detinha há um ano.
  Fonte:http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41914/xmview/...

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