O setor têxtil de Santa Catarina perde cerca de R$ 400 milhões ao ano por causa de produtos falsificados. O rombo se deve à expressiva quantidade de peças de roupa e de cama, mesa e banho piratas espalhadas por milhares de estabelecimentos comerciais, comprometendo as receitas das empresas e a arrecadação de impostos por parte do poder público.
A estimativa é do Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop), órgão vinculado à Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Apesar do volume ser apenas uma projeção e de não existir dados locais, é de se imaginar que as empresas do Vale, principal polo têxtil catarinense, sejam as que mais sofrem com as mercadorias ilegais. Em alguns casos, o prejuízo é tão grande que força indústrias a investirem pesado contra este mal. A Dudalina, por exemplo, chegou a criar uma estrutura interna com escritórios, canal de denúncias e equipe de combate online para identificar produtos piratas da marca.
O Cecop nasceu justamente para tentar frear a propagação de produtos falsificados. Embora represente uma iniciativa pioneira no país e tenha uma resolução que permite retirar a inscrição estadual do estabelecimento que é flagrado vendendo mercadoria pirateada, há dificuldade na fiscalização.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn, também falta vontade política para inibir o problema.